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Censo do IBGE chega à última família do rio Macauã, em Sena Madureira
O censo demográfico realizado pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) percorreu várias localidades de Sena Madureira, incluindo os seringais e colocações mais distantes. A iniciativa visa aferir não somente a quantidade de moradores como também outros aspectos da área social e econômica.
Um dos recenseadores conhecido como Gilberto esteve na última colocação habitada do rio Macauã. Para chegar até lá, enfrentou muitos desafios em razão da seca do rio. Ele esteve acompanhado do seu irmão Jeferson e para atingir o destino final contou com a ajuda de moradores que conhecem a região.
Em determinado momento, eles tiveram que deixar a embarcação e seguir a viagem a pé, pois o rio Macauã estava, em alguns trechos, praticamente apartando.
Os últimos moradores do rio Macauã estão situados na colocação poço, uma localidade distante vários dias do porto de Sena Madureira. Por lá, reside o senhor Raimundo Rodrigues e sua família.
Apesar do distanciamento com a cidade, o ribeirinho disse ao servidor do IBGE que não pretende se mudar para a zona urbana, visto que, tem toda uma vida naquela localidade. “Gosto muito de morar aqui, gosto da natureza e de cuidar dela”, comentou Raimundo Rodrigues ao recenseador.
Dentre outras ocorrências marcantes, o profissional também se deparou com alguns moradores que ainda cortam seringa e produzem borracha para ajudar no sustento de suas famílias.
Além do Macauã, Sena Madureira tem ainda os rios Iaco, Purus e Caeté, onde residem centenas de famílias.