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POLÍTICA

Aliados de Bolsonaro dizem temer ‘pacote de maldades’ com chegada de Lula ao Planalto

Publicado em

O presidente Jair Bolsonaro, no Palácio da Alvorada Cristiano Mariz/Agência O Globo

Aliados de Jair Bolsonaro estão tensos com o que chamam de “pacote de maldades” a ser aplicado contra ele pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva a partir de 1º de janeiro de 2023.

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Bolsonaristas dão como certo que sofrerão com uma “perseguição cruel e implacável” em várias frentes, do levantamento de sigilo de informações incômodas à revelação de informações que poderiam desencadear processos e investigações e impedi-lo de disputar novas eleições.

Segundo a equipe da coluna apurou, militares do círculo íntimo do chefe do Executivo dão como certa a revogação, a conta-gotas, dos sigilos decretados por ele em documentos do governo.

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Por isso, têm aconselhado o presidente a submergir nos primeiros meses para tentar diminuir o ímpeto dos petistas e apaziguar os ânimos.

Entre as informações que podem vir a público com a revogação do sigilo imposto por Bolsonaro estão os dados sobre quem visitou a primeira-dama Michelle no Palácio da Alvorada, o processo interno do Exército contra o ex-ministro da Saúde e general Eduardo Pazuello, os documentos referentes ao processo de aquisição da vacina indiana Covaxin e a apuração da Receita Federal sobre o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) no caso das “rachadinhas”. São todos temas espinhosos para o clã presidencial, mas de interesse público.

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As preocupações não são só com o levantamento do sigilo. Há, também, apreensão quanto ao rumo de dois inquéritos do Supremo Tribunal Federal (STF) comandados pelo ministro Alexandre de Moraes – o das fake news e o das milícias digitais.

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O presidente da República, os filhos, empresários e parlamentares aliados são alvos dessas investigações, que não devem acabar tão cedo.

Moraes ainda é motivo de dor de cabeça para o atual ocupante do Palácio do Planalto por comandar o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), onde tramitam 14 ações que investigam sua campanha derrotada à reeleição.

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Como é presidente do tribunal, cabe a Moraes decidir quando os casos serão apreciados pelo plenário.

Essas ações apuram abuso de poder político, econômico e uso indevido dos meios de comunicação e são movidas pelo PT, PDT de Ciro Gomes e pela senadora Soraya Thronicke (União Brasil-MS).

Elas miram, por exemplo, a estratégia do então candidato do PL de desembolsar bilhões de reais para garantir o Auxílio Brasil de R$ 600 em pleno período eleitoral, o uso da estrutura do Palácio da Alvorada para atacar as urnas e o Poder Judiciário e a existência de um “ecossistema de desinformação” nas redes sociais para atingir Lula.

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Se essas ações forem julgadas procedentes, Bolsonaro poderá até ser declarado inelegível, ficando impedido de disputar qualquer eleição pelos próximos oito anos.

Outro flanco que pode vir a ser problemático para os bolsonaristas, mais à frente, é a Procuradoria-Geral da República (PGR). Em setembro do ano que vem termina o mandato de Augusto Aras, que será substituído por um procurador escolhido por Lula.

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Aras tem sido um fiel aliado do Palácio do Planalto e sua gestão já pediu o arquivamento de uma série de pedidos de investigações formulados após a conclusão dos trabalhos da CPI da Pandemia.

Com a indicação de um novo chefe da PGR pelo PT, aliados do atual presidente estão apavorados com a possibilidade de o Ministério Público revisitar as provas coletadas pela CPI e responsabilizá-lo pela desastrosa atuação do governo federal no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

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