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POLÍTICA

Após ser anunciada como ministra, Marina critica governo Bolsonaro e fala em recomeço

Publicado em

Marina Silva. Foto: Getty Images

A acreana Marina Silva foi anunciada, na manhã desta quinta-feira (29), como ministra do Meio Ambiente pelo presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em entrevista à GloboNews, a acreana anunciou o novo nome da pasta, que se chamará Meio Ambiente e Mudança Climática.

Além disso, Marina também falou sobre a expectativa em relação ao trabalho à frente do ministério. “Um recomeço baseado no legado de mais de 30 anos de política socioambiental no país. Cada governo deixou uma parte desse legado. O único governo que só deixou destruição na política ambiental foi o governo Bolsonaro”, disse.

Marina foi anunciada como ministra por Lula, nesta quinta-feira/Foto: Reprodução

“É como se a gente tivesse feito uma cratera na política ambiental brasileira, um abismo. Agora isso vai ser restabelecido, recuperando esses legados, atualizando essas políticas, com todo o conhecimento de quem já enfrentou esses problemas. Não só o governo, mas a sociedade civil, que já apresentou uma série de propostas robustas para a transição, a maior parte das questões que vocês vão ver, é fruto das propostas da sociedade. Foi isso que eu fiz quando fui ministra, transformei boas ideias em políticas públicas de escala”, explica.

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Marina explicou também que a pasta será organizada internamente em cinco secretarias e, que entre os objetivos, estará a ajuda ao Brasil em cumprir a meta de desmatamento zero até 2030. Além disso, a acreana confirmou que em janeiro deve participar do Fórum Econômico Mundial, em Davos.

Entre as prioridades de Marina, estão:

  • a volta do Fundo Amazônia;
  • o retorno do PPCDAm (Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal) em seu desenho original

Durante a entrevista à GloboNews, Marina afirmou que nos últimos quatro anos o Brasil deixou de fechar acordos por ter se tornado “um pária ambiental” e de ter “uma situação difícil perante o mundo”.

“O Brasil só é uma potência agrícola porque é uma potência hídrica. E só é uma potência hídrica porque é uma potência florestal. E uma parte do agronegócio entendeu isso e não tem o meio ambiente como se fosse inimigo. O meio ambiente é o melhor amigo do desenvolvimento econômico e social”, disse.

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