GERAL
Mais uma vez, Acre corre o risco de ficar isolado do Peru após manifestações
Após trégua no mês de dezembro pelas festividades do fim de ano, manifestantes retornam com os protestos nesta quarta-feira (4) contra o atual governo do Peru. Eles exigem a antecipação imediata das eleições, fechamento do Congresso e principalmente a renúncia de Dina Boluarte, sucessora de Pedro Castillo. As regiões de intensos protestos acontecem onde o ex-presidente tem total apoio dos peruanos.
Em Puerto Maldonado os manifestantes bloquearam uma parte do trecho da via interoceânica que faz a ligação entre Brasil e Peru. Mas, até o momento os aeroportos estão funcionando normalmente.
Segundo a imprensa peruana, os bloqueios ocorrem na região de Junín (centro), Cusco e Apurímac com o uso de pedras que impedem a passagem nas estradas e rodovias além da queima de pneus. Em Arequipa a polícia fez o uso de gás lacrimogêneo para afastar os manifestantes.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) no Acre disse que, até o momento, as rodovias que ligam o Acre ao país vizinho seguem abertas.
Protestos violentos
Boluarte era vice-presidente quando substituiu Castillo em 7 de dezembro de 2022. Tentou dar o golpe de estado sem sucesso. Pedro foi destituído pelo congresso e preso para ser investigado.
Após a queda de Castillo, os protestos iniciaram com ondas intensas de violência no Centro e no Sul do Peru, onde já registraram 22 mortos e mais de 200 feridos, além de muitos baleados em confronto com a polícia local.
A atual presidente fez o apelo de paz para que os manifestantes cessem os protestos e resulte no fim da violência pois, gera atrasos econômicos e dor. “Faço um apelo de paz, a calma, a unidade para promover o desenvolvimento da pátria”, declarou Boluarte.