RIO BRANCO
Com inundações, Sesacre alerta para casos de leptospirose; foram mais de 400 em um ano
Com a baixa temperatura e o aumento das chuvas do inverno amazônico que se estende nos meses de outubro a abril no estado do Acre, o risco de contaminação pelo vírus da leptospirose aumentam e, por este motivo, a população deve ficar em alerta.
A contaminação pelo vírus se deve ao fato de que a proliferação é feita pelo contato com águas que foram contaminadas pela urina de ratos e outros tipos de animais. A contaminação ainda é mais rápida se houver ferimentos na pele.
Dados do governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre), revelam que em 2021, 832 pessoas foram contaminadas e, em 2022, contabilizaram 408 pessoas infectadas pelo vírus em todo o estado. Em 2020 houve 1 óbito e em 2021, também uma morte por leptospirose.
A doença apresenta elevada incidência em determinadas áreas além do risco de letalidade, que pode chegar a 40% nos casos mais graves. Sua ocorrência está relacionada às condições precárias de infraestrutura sanitária e alta infestação de roedores infectados. As inundações propiciam a disseminação e a persistência da bactéria no ambiente, facilitando a ocorrência de surtos.
Sintomas e como evitar
De início, o estado de saúde fica semelhante a uma virose acompanhada de dor de cabeça, dor nos olhos, febre além da característica mais importante de quem está contaminado pela leptospira, a dor nas panturrilhas e icterícia, responsável por deixar a pele amarelada.
Se sentir algum dos sintomas citados acima, o aconselhável é procurar um médico o mais rápido possível, se for necessário. Pois, é uma doença curável e se tratada logo de início a recuperação é mais rápida.
A limpeza do local que foi contaminado pela água é importante e para isso deve-se limpar a área com água e sabão e utilizar água sanitária para eliminar o vírus e, se possível, evitar o contato com águas contaminadas que provenham dos córregos, esgotos e lodos.
Para os casos leves, o atendimento é ambulatorial, mas, nos casos graves, a hospitalização deve ser imediata, visando evitar complicações e diminuir a letalidade. A automedicação não é indicada. Ao suspeitar da doença, a recomendação é procurar um serviço de saúde e relatar o contato com exposição de risco.
A antibioticoterapia está indicada em qualquer período da doença, mas sua eficácia costuma ser maior na 1ª semana do início dos sintomas. Na fase precoce, são utilizados Doxiciclina ou Amoxicilina; para a fase tardia, Penicilina cristalina, Penicilina G cristalina, Ampicilina, Ceftriaxona ou Cefotaxima.