Após médica orientar mãe a bater em filho autista, secretário de saúde diz que conduta de profissional é pessoal

Uma mãe procurou a redação do Na Hora da Notícia para denunciar a conduta de uma médica, da Unidade Básica de Saúde (UBS), Raimunda Antônia de Araújo Carneiro Lima, em Brasiléia, que a orientou bater na criança autista quando ele apresentasse crises.

De acordo com a mãe ela buscou atendimento, pois o filho estava apresentando constantes crises após o fim do ano letivo. Indignada com a orientação, a mulher procurou a secretaria de saúde do município para falar sobre o caso e pedir que alguma atitude fosse tomada. Segundo a mãe, a resposta foi que não seria qualquer denúncia que afastaria um profissional e que ela teria que provar que a médica teria dito isso. Ela também acionou o Ministério Público do Estado do Acre (MPAC) que irá instaurar procedimento de apuração.

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Após repercussão da matéria, foi emitida uma nota onde o secretário fala que “a conduta médica de cada profissional durante o atendimento é de responsabilidade pessoal, cabe ao município (Secretaria Municipal de Saúde) investigar e apurar todo o fato antes de tomar qualquer decisão”.

Leia na íntegra:

NOTA À IMPRENSA

 Em relação à matéria veiculada na mídia na tarde de hoje sobre o atendimento na Unidade Básica de Saúde (UBS), Raimunda Antônia de Araújo Carneiro Lima, no bairro Marcos Galvão II envolvendo servidores e colaboradores da Secretaria Municipal de Saúde de Brasileia, a Secretaria Municipal de Comunicação informa o seguinte:

• A Secretaria Municipal de Saúde estará acompanhando o caso, administrativamente, juntamente com o Ministério Público do Acre (MP/AC).
• O remanejamento dos médicos que atuam nas unidades de saúde só pode ser feito após ser informado ao Ministério da Saúde (MS), perante a uma apresentação/motivo plausível e justificável.
• Em relação ao médico(a), ser de programas do Governo Federal: Mais Médicos e/ou Médicos Pelo Brasil, não diminui a capacidade profissional de cada um. E quando eles são destinados para cidade de atuação não cabe ao município escolher qual Unidade de Saúde eles irão trabalhar, a sua designação já é apresentada no ato da aprovação.
• A conduta médica de cada profissional durante o atendimento é de responsabilidade pessoal, cabe ao município (Secretaria Municipal de Saúde) investigar e apurar todo o fato antes de tomar qualquer decisão.
• A opção dada pelo secretário de saúde, Francélio Barbosa, para remanejar a mãe e seu filho para outra UBS foi uma das alternativas para que a mãe possa continuar recebendo atendimento de saúde e não se sentir constrangida ou prejudicada durante abordagem médica.