POLÍTICA
Randolfe diz que prisão de Torres é “recado” a quem desrespeita a lei
O senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), líder do governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional, afirmou neste sábado (14/1) que a prisão do ex-ministro de Jair Bolsonaro (PL) foi um “recado” aos que, nos últimos anos, desrespeitaram a lei e conspiraram contra o Brasil.
Anderson Torres foi detido logo após pousar em Brasília, no Aeroporto Internacional Juscelino Kubitschek, vindo de um voo de Miami, nos Estados Unidos, por volta das 7h15 deste sábado (14/1). De acordo com os advogados, Torres se entregou à Polícia Federal logo após chegar ao Brasil. Ele é ex-ministro da Justiça e Segurança Pública e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
As forças de segurança montaram um esquema especial para receber Anderson Torres. Ao descer da aeronave, o ex-ministro foi recebido por um delegado da PF e encaminhado ao hangar da corporação no Aeroporto de Brasília.
Torres foi levado ao 4º Batalhão de Polícia Militar, no Guará, e deve ser encaminhado à carceragem do 19º Batalhão da Polícia Militar (PMDF), no Complexo Penitenciário da Papuda, conhecida como “Papudinha”.
Pedido de prisão após atos golpistas
Anderson Torres foi nomeado secretário de Segurança do DF em 1º de janeiro e, entre outras medidas, desmontou as equipes que monitoravam os grupos golpistas acampados em frente ao Quartel-General do Exército em Brasília ao assumir o cargo, depois de deixar o governo Bolsonaro.
Ainda durante os atos terroristas provocados por bolsonaristas extremistas, ele foi exonerado do cargo por determinação do, então, governador Ibaneis Rocha (MDB).
Na última terça-feira (10/1), Alexandre de Moraes determinou a prisão preventiva de Torres e policiais federais estiveram na casa do ex-ministro, em Brasília, para cumprir um mandado de busca e apreensão.
Decreto do golpe
Um dos documentos obtido pelos policiais na operação é a minuta de um decreto para instalação de Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que tinha o objetivo de anular as eleições presidenciais do ano passado, vencidas por Luiz Inácio Lula da Silva (PT).