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POLÍTICA

Vereador que ameaçou e agrediu colega no Acre é indiciado e corre risco de ser cassado

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O inquérito policial instaurado pela Delegacia Geral de Polícia Civil de Bujari para apurar denúncias de agressões verbais e ameaças contra a vereadora Eliane Abreu Rosita (PP) durante sessão na noite do dia 27 de janeiro foi concluído nesta segunda-feira (6) com o indiciamento do vereador Gilvan José de Souza (PCdoB), o principal implicado no caso.

O inquérito deve ser remetido ainda hoje pelo delegado Bruno Coelho para o Poder Judiciário.

A informação foi dada ao ContilNet pela autoridade policial. O inquérito traz o testemunho das pessoas presentes na sessão no dia das agressões, incluindo os vereadores que precisaram intervir para que as agressões físicas não se consumassem.

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Os testemunhos foram importantes, mas o que mais pesou contra o vereador Gilvan como indiciado em lei especial pela agressão política contra mulher foi o áudio da sessão, que foi obtido pelo delegado durante as investigações do caso. Nos áudios, as agressões e ameaças ficaram registradas e serviram de provas à polícia, revelou o delegado Bruno Coelho.

As sessões ordinárias na Câmara Municipal de Bujari após o recesso parlamentar serão retomadas a partir das 17 horas desta terça-feira (7), quando os dois vereadores envolvidos e os demais que depuseram como testemunhas do caso vão ficar frente a frente pela primeira vez desde àquela tumultuada sessão extraordinária do dia 27 de janeiro.

O Movimento de Mulheres Progressistas, do partido da vereadora agredida, além de outros movimentos de mulheres e da população em geral do Bujari e da Capital Rio Branco devem participar da sessão de amanhã.

A ideia é dar uma demonstração de unidades de mulheres contra a violência política e outros tipos de violência contra as mulheres e de repúdio ao vereador acusado e à mesa diretora da Câmara, que só teria tomado alguma medida em relação ao caso após repercussão na imprensa.

A intenção do movimento de mulheres é pressionar os demais vereadores para que seja aberto um processo de cassação contra o vereador Gilvan, já que a vereadora Eliane Abreu, que foi vítima das agressões pela segunda vez, diz não ter condições físicas e emocionais para continuar dividindo o mesmo plenário com seu agressor.

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