GERAL
Tanque de gasolina come quase 7% da renda do brasileiro e etanol perde vantagem
Um levantamento inédito no país, feito pela Valoe e pela Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) revelou que encher o tanque de gasolina come quase 7% da renda do brasileiro, em média.
O estudo também concluiu que o etanol não vale a pena em nenhuma capital do território nacional atualmente.
Para trazer essa afirmação, o levantamento concluiu que o biocombustível está custando o equivalente a 80,8% da gasolina comum nas capitais. Como o etanol é menos eficiente energeticamente, isso significaria, na prática, que abastecer etanol seria perder dinheiro.
Segundo o estudo, mesmo em capitais onde o etanol é mais barato, como Goiânia (74,9%) e Cuiabá (71,5%), a conta faz o biocombustível ficar apenas equivalente à gasolina em termos de custo-benefício.
Em média, tanque de gasolina come quase 7% da renda
Um dos pontos altos do estudo é o custo médio para encher um tanque de 55 litros: 6,8% da renda domiciliar média no país, no terceiro trimestre de 2022. No trimestre imediatamente anterior, o indicador atingiu 9,3%.
Segundo o levantamento, o combustível pesa mais para quem vive no Nordeste (11,2%) e menos para quem mora no Sudeste (5,7%). A pior situação é para quem mora no Maranhão (12,8%) e a mais favorável para quem mora no Distrito Federal (3,4%).
O novo Monitor de Preços de Combustíveis da Veloe com a Fipe será mensal e irá acompanhar o custo médio pelo Brasil, comparando esse indicador com a renda do brasileiro, além de trazer sempre o cálculo sobre a variação entre gasolina e etanol para carros flex. Compõem o levantamento os dados transacionais da Veloe, da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e o Índice de Preços ao Consumidor da Fipe.