‘Estudava antes de ir vender água’, diz ambulante aprovado em avaliação física no concurso da PM do AP
Publicado em
12 de fevereiro de 2023
por
G1
Dirley Damasceno, 28 anos, foi aprovado na terceira fase do concurso da PM do Amapá — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
De família humilde e com dificuldades para conciliar os estudos e o trabalho, o vendedor ambulante Dirley Damasceno, de 28 anos, não desistiu e buscou forças para tentar mudar a própria realidade. Ele foi aprovado em uma das etapas mais difíceis do concurso público para o cargo soldado da Polícia Militar (PM) do Amapá: a Avaliação das Capacidades Físicas (ACF).
“Eu sabia que eu tinha uma chance também, que eu poderia ingressar no quadro. Eu estudava nas madrugadas, estudava antes de sair pra vender água pela manhã e também antes de dormir. Cheguei a dormir em cima de livros de tanto estudar. Minha maior dificuldade foi o tempo”, contou o jovem
Dirley trabalha em sinais de trânsito vendendo água mineral para motoristas e pedestres no centro de Macapá.
Dirley Damasceno, 28 anos, foi aprovado na terceira fase do concurso da PM do Amapá — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
Vindo de família de baixa renda, ele descreveu que sempre se dedicou aos estudos em escolas públicas no estado. O jovem contou também que a maior dificuldade foi conciliar os estudos ao trabalho no centro da capital, mas que agora o sonho está mais perto de se tornar realidade.
Após ser aprovado na primeira e na segunda fase do concurso, a prova teórica e o exame documental, ele se dedicou para a terceira fase que foi a avaliação física do processo.
Dirley se preparando para a flexão de cotovelos na barra fixa, exigência na fase do concurso — Foto: Rede Amazônica/Reprodução
Dirley disse também que a mãe dele foi uma das maiores incentivadoras do sonho, mas faleceu antes de ver o filho se tornar um policial militar. Ainda em vida, ela procurou uma grupo de preparação específicas para o teste.
O jovem candidato conta que vinha se preparando desde 2017 para o concurso e que sempre foi um sonho ser policial.
“A vontade surgiu devido ao fato de eu admirar a Polícia Militar e ver que é uma instituição nobre e que tem a função de defender a sociedade. E junto com o empenho que eu tinha, eu me dediquei a conseguir êxito na aprovação”, contou Dirley.