Como rescaldo do 41º Congresso do ANDES-SN (Associação Nacional dos Docentes), realizado nos últimos sete dias nas dependências da Universidade Federal do Acre (Ufac), a Seit (Secretaria de Estado de Indústria, Ciência e Tecnologia, Turismo e Empreendedorismo) pôs em prática o piloto de um programa de turismo na cidade.
Em parceria com a Fundação de Cultura e Comunicação “Elias Mansour” (FEM), o órgão organizou um “city tour” pelos principais pontos turísticos de Rio Branco com parte dos professores de universidades federais, estaduais e municipais de todo o país.
“A ideia é que a gente aproveite sempre o final desses congressos e mostre nosso potencial turístico para os visitantes. A experiência está sendo muito boa”, disse o titular da Seit, Assurbanipal Barbary de Mesquita. “Depois dessa experiência aqui, num outro congresso, vamos para o interior do Estado, onde temos belezas naturais únicas”, acrescentou.
No tour em Rio Branco, o próprio secretário Assurbanipal Barbary de Mesquita serviu como guia turístico levando os professores a conhecer monumentos como a estátua de Plácido de Castro na Praça da Revolução, na Catedral Nossa Senhora de Nazaré, espaço da Gameleira e do Mercado Velho. Um dos futuros atrativos turísticos da cidade deverá ser o Museu dos Povos Originários, a ser inaugurado em breve no espaço onde funcionou o Colégio Meta, no centro de Rio Branco.
Em cada um dos pontos turísticos visitados, técnicos da FEM contava um pouco da história do lugar e do próprio Estado, desde a conquista pelo exército de seringueiros comandado por Plácido de Castro, passando pela história da anexação do território ao Brasil, com as negociações com o governo da Bolívia através do chanceler José Maria da Silva Paranhos Júnior, o “Barão do Rio Branco”, passando pela elevação à condição de Estado e as lutas mais recentes do povo acreano.
A inciativa agradou aos visitantes, segundo as manifestações de alguns deles. Alguns dos participantes do congresso, que chegaram a Rio Branco dias antes do evento, estiveram no interior do Estado, no Alto Acre, fronteira com a Bolívia e o Peru. “Por estar na Amazônia, estou chocado com o que vi em termos de desmatamento. Fui ao interior, rodei de carro mais de 340 quilômetros e fiquei triste com oque vi, muita pastagem e destruição das florestas”, relatou o professor Cloves Prioli, de 59 anos, natural de Vitória da Conquista, na Bahia, e docente na área de ciências biológicas na USP (Universidade de São Paulo). Foi sua primeira vez na Amazônia. Ainda que decepcionado com o desmatamento e transformação de florestas em pastagem para gado, o professor gostou de conhecer o Acre. “Pretendo voltar mais vezes”, disse.
Quem também gostou do que viu foi a professora Michele Schultz, 47 anos, também da área de biologia da USP. “Gostei muito da culinária local e da hospitalidade das pessoas, sempre amáveis e getis”, disse a professora, que conhecia a Amazônia só Belém, no Pará. “É um Estado muito bonito, com características e histórias únicas”, acrescentou.
O secretário Assurbanipal Barbary de Mesquita disse que este tipo de atividade vai continuar por todo o ano porque a orientação do governador Gladson Cameli é para fomentar cada vez mais o turismo no Acre. “Nós temos um grande potencial turístico e temos que aproveitar isso porque essa é uma indústria que mexe com toda uma cadeia de serviços, em hotéis, restaurantes, aluguel de veículos. É uma indústria limpa, que gera emprego e renda”, disse o secretário.
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