POLÍCIA
Gabrielly Mourão é condenada a três anos de detenção e tem pena convertida em prestação de serviços e indenização de 36 salários mínimos
Após um ano e cinco meses do grave acidente que matou a dentista Maria Josilayne Ferreira Duarte, de 24 anos, sai a sentença assinada pelo juiz de direito Daniel Gustavo Bomfim. Gabrielly Lima Mourão, 21 anos, causadora do acidente, teve sua pena privativa de liberdade convertida em pena restritiva de direito.
Gabrielly pegou uma pena de três anos de detenção, porém a pena, por amparo legal, foi substituída por prestações de serviço de 8h semanais, além de 36 salários mínimos aos dependentes da vítima.
De acordo com a sentença, a “prestação pecuniária foi fixada levando em conta a situação financeira da acusada, nessa medida, em montante que não a torne insolvente. Todavia, em patamar que não seja considerado irrisório, que sequer seja sentida como sanção. Também foi considerado os danos causados à família da vítima de forma a guardar razoabilidade e proporcionalidade suficientes para repressão do delito, proteção aos bens jurídicos violados e prevenção de reiteração da conduta delituosa. Em cálculo simples, a prestação pecuniária dividida pelo número de meses da pena de liberdade aplicada, corresponde a um salário mínimo por mês”.
A reportagem tentou contato com a família da dentista Maria Josilayne, que preferiu não se manifestar por dizerem não ter palavras diante da sentença imposta.
“Na minha cabeça iria ser uma coisa bem rápida”, disse Gabrielly em interrogatório
O acidente que tirou a vida da dentista Maria Josilayne Ferreira Duarte ocorreu no dia 29 de setembro de 2021, por volta das 22h09min, na Estrada da Floresta, próximo ao “Motel Executivo”, em Rio Branco (AC), causado por Gabrielly Lima Mourão que possuir permissão para dirigir, ou seja, não tinha Carteira Nacional de Habilitação (CNH).
Durante interrogatório, a autora disse pediu perdão a todos e alegou que a falta de iluminação e buracos da pista foram um dos motivos da causa do acidente. Ela alegou, inclusive, não ter feito uso dos medicamentos para ansiedade e que era a primeira vez que conduzia o veículo.
Gabrielly disse ainda ser estudante de enfermagem e que, por não ter emprego, era dependente dos pais. Além de ressaltar que, após o acidente passou a sofrer ameaças.
“Depois do acidente fui ameaçada, nem saia de casa, agora está mais tranquilo. Quero pedir perdão para família da vítima em geral. Voltei a ter acompanhamento psicológico, no dia dos fatos eu saí escondido dos meus pais, fui ao Shopping comprar uma coisa e voltar pra casa, na minha cabeça iria ser uma coisa bem rápida”, concluiu.
Vale ressaltar que processo ainda cabe apelação, pois não transitou em julgado e Gabrielly só começará a cumpri a pena, após isso.