Conforme o Metrópoles adiantou mais cedo, o Exército Brasileiro promoveu mudanças nas chefias de sete dos oitos Comandos Militares regionais do país. No total, segundo detalha documento enviado nesta quinta-feira (16/2) pelo Comando do Exército a todas as organizações militares, 60 generais foram deslocados dos cargos que exerciam na força.
As trocas promovidas pelo Exército envolvem cargos de generais-oficiais combatentes, engenheiros e intendentes. No primeiro grupo, estão os nomes que assumem os Comandos Militares do Nordeste, Norte, Oeste, Amazônia, Sudeste, Sul e Planalto.
Além dos Comandos Militares, as mudanças de generais atingem cargos importantes de chefia, comando e direção de divisões do Exército. Há mudança também na Missão da Organização das Nações Unidas para a Estabilização na República Democrática do Congo (Monusco), com a saída do general Affonso da Costa.
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O general Otávio Rodrigues de Miranda Filho deve assumir seu lugar como force commander. Affonso será deslocado para vice-chefia de Assuntos Estratégicos do Ministério da Defesa.
De acordo com o documento, sete dos 60 generais tiveram propostas de promoção. As mudanças também atingem 15 coronéis, que devem ser promovidos. Confira quem assume os Comandos Militares:
- Comando Militar do Sudeste: Gen. Guido Amin Naves (gen. Rubens Paiva já havia deixado o cargo para assumir o Comando do Exército)
- Comando Militar da Amazônia: Gen. Costa Neves (sai o gen. Furlan Neto)
- Comando Militar do Norte: Gen. Guilherme Pinheiro (sai o gen. Costa Neves)
- Comando Militar do Nordeste: Gen. Div. Cmb. Kleber Vasconcellos (sai o gen. Richard Nunes)
- Comando Militar do Sul: Gen. Div. Cmb. Hertz Pires do Nascimento (sai o gen. Soares e Silva)
- Comando Militar do Oeste: Gen. Div. Cmb. Luiz Fernando Baganha (sai o gen. David Júnior)
- Comando Militar do Planalto: Gen. Div. Cmb. Ricardo Piai Carmona (sai o gen. Dutra de Menezes)
As mudanças, principalmente a do Comando Militar do Planalto, chamam atenção por ocorrerem em meio às investigações sobre a participação de militares nos atos terroristas do dia 8/1. A Polícia Militar já pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) a definição de quem investigará militares envolvidos nos ataques antidemocrático às sedes dos Três Poderes.
Será definido se acontecerá uma investigação exclusiva na esfera da Justiça Militar ou se uma parte dos eventuais crimes será investigada pelo Supremo.
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