GERAL
Menina de 5 anos com autismo ‘escapa’ de escola no litoral de SP e é salva de atropelamento: ‘poderia ter perdido minha filha’, diz mãe
Uma autônoma de 25 anos passou por momentos de desespero ao buscar a filha, de cinco, na escola, e descobrir que a menina, que tem autismo e apraxia da fala, havia escapado da unidade de ensino do município de Santos, no litoral de São Paulo. Ao g1, nesta sexta-feira (17), Yasmin de Campos Fonseca afirmou que a garota deixou o prédio sem que ninguém percebesse e, por sorte, foi encontrada por outra mãe de aluno – ela estava atravessando a rua e quase foi atropelada.
Em nota, a prefeitura de Santos, por meio da Secretaria de Educação, informou que está apurando detalhes sobre o caso, inclusive se ela teria saído da escola com a mãe de uma colega de classe (veja o posicionamento completo abaixo). O caso foi registrado no 7° Distrito Policial de Santos como abandono de incapaz.
Yasmin contou que, ao chegar na escola, cumprimentou a professora e perguntou como a filha tinha se comportado em sala de aula. A docente respondeu que a menina tinha se saído bem e que iria chamá-la para ir embora.
“Na hora que ela virou para chamar, ela [filha] não estava dentro da sala de aula. Falou que olharia no banheiro e já fui procurando na outra sala”. Yasmin disse ter entrado em desespero quando a professora contou que a menina também não estava no banheiro.
A mãe ressaltou que a menina tem autismo, que faz uso de medicações e, portanto, demanda uma atenção especial. “Corri para o parquinho e para a casinha de boneca para ver se encontrava ela [não achou]. Fui correndo pelos corredores [e perguntando], mas ninguém sabia onde minha filha estava”.
“Ninguém viu minha filha saindo da escola. Ela não tem noção nenhuma de perigo, é totalmente vulnerável. Por conta de minutos eu poderia ter perdido a minha filha”, disse a autônoma, que se queixou da falta de câmeras na escola.
Yasmin contou que, em meio ao desespero do sumiço da filha, uma outra mãe entrou gritando na escola. Ela chamava pela diretora e dizia que tinha encontrado uma criança perdida na rua, que a menina por pouco não havia sido atropelada. “Na hora, saí correndo e abracei ela. Essa moça foi o anjo da minha filha. Salvou a vida dela”.