Há exatamente 26 anos, no dia 23 de feveiro de 1997, quando Sena Madureira também enfrentava uma cheia histórica – a maior já registrada até os dias atuais -, um avião em que estavam autoridades políticas da época caiu, de forma desastrosa.
O senador Marcio Bitar, o vice-governador Major Rocha, a ex-prefeita Toinha Vieira e o seu esposo Zé Vieira, além do sargento Amorim, do piloto Aguinaldo Nunes de Oliveira, o Barbinha, e do Coronel Costa, estavam no voo.
Eles sobrevoavam a cidade para verificar a situação dos bairros alagados, às 15h30 de uma tarde de domingo. Em um dado momento, próximo ao bairro Bom Sucesso, quando Barbinha tentou fazer uma manobra, uma das asas da pequena aeronave bateu na torre da Rádio Difusora da cidade.
Os passageiros e o condutor foram tomados por um pânico, de acordo com o sargento Amorim.
O monomotor caiu em um área de mata, próximo ao Igarapé Cafezal. A busca pelos tripulantes foi dificultada pela elevação das águas.
“No momento do choque com a torre houve uma grande agitação dentro do avião que perdeu a parte superior da sua cabine ficando parcialmente “conversível”. Logo em seguida, num mergulho de aproximadamente 150 metros, um grande silêncio, estávamos nas aguas geladas do Cafezal”, lembrou Rocha.
“Fomos resgatados, logo em seguida, por um grupo de pescadores que estavam nas proximidades. Lamentavelmente o piloto Barbinha, meu vizinho e amigo, não resistiu ao acidente e faleceu no local da queda. Eu, que tive apenas fermentos leves, e os demais integrantes do voo, tiveram lesões mais graves, fomos encaminhados para o Hospital João Câncio Fernandes e depois para Rio Branco”, continuou.
Toinha ficou desacordada por algumas horas, Rocha foi a primeiro a conseguir sair para ajudar os demais e Barbinha não resistiu – depois de ficar preso ao manche do avião.
Vieira estava cumprindo o seu primeiro mandato como prefeita da cidade.
O fato comove toda a população até hoje.