POLÍCIA
“Que ele seja detido e não faça mais isso”, diz agredida com carrinho

A mulher que foi agredida com um carrinho de supermercado em Santo Antônio do Descoberto, no Entorno do Distrito Federal, procurou o Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO) com a intenção de que Rogério Santos da Silva, de 37 anos, seja preso por atacá-la no último dia 16.
Ela e o marido querem que a linha de investigação mude e o caso seja tratado como tentativa de homicídio, e não lesão corporal leve.
“Estou buscando todos os meios legais para que a lei seja revista e esse crime não seja considerado de menor potencial ofensivo, porque não é”, disse a vítima, de 45 anos, ao Metrópoles.
“Que ele seja detido e não faça mais isso com ninguém. A polícia fez o seu trabalho com excelência, fez o que estava ao seu alcance legalmente, mas a lei é falha. Agora, esperamos a decisão da Justiça. Eu ainda acredito nela, é o que me resta”, completou a vítima.
A moradora do Entorno, que pediu para não ser identificada, conta que ficou ainda mais aflita após descobrir que Rogério tem precedentes de agressão. “Fiquei preocupada com a segurança de outras pessoas na rua. Poderia ter sido com qualquer pessoa ali presente. E, por este motivo, procurei o MP. Agora sei reconhecê-lo, mas outras pessoas, não”, comentou.
À reportagem o marido da mulher ainda acrescentou que teme que a situação possa se repetir. “Esperamos que a Justiça tire esse cidadão das ruas, pois ele pode acabar matando alguém. Nosso medo é acontecer de novo e a vítima não sobreviver.”
Vídeo
O vídeo da agressão circula nas redes sociais e mostra o momento em que Rogério Santos arremessa um carrinho de compras contra a cabeça da mulher. O episódio aconteceu na manhã do dia 16 de fevereiro, mas foi divulgado somente nessa quarta (22/2).
Veja:
De acordo com a vítima, o carrinho acertou sua têmpora, na lateral da cabeça. Ela conta ter perdido a consciência e os movimentos temporariamente. Por isso, precisou ficar em uma cadeira de rodas para receber os primeiros atendimentos médicos. “Graças a Deus, tenho uma boa resistência física e ele não conseguiu causar um traumatismo craniano em mim ou algo pior”, afirmou.
Ela narra que estava na fila do supermercado para pagar suas compras e, enquanto isso, mandava um áudio para desmarcar um compromisso. “O homem na minha frente, que aguardava a vez dele de pagar as compras, sem esboçar nenhuma reação brusca, nem proferir nenhuma palavra, caminhou lentamente para o lado, e deduzi que ele ia apenas trocar de carrinho”, relembra.
A mulher continua: “No momento em que segui gravando o segundo áudio e dei um passo à frente, de repente, sem que eu entendesse o motivo, ele atingiu a minha cabeça com o carrinho”. Depois disso, a Polícia Militar do Goiás (PMGO) foi acionada e deteve o homem”.
Segundo a vítima, uma viatura rapidamente chegou ao supermercado, abordando-o para esclarecer os fatos, enquanto era socorrida pelo Samu. “Nesse momento, o agressor disse aos policiais que me agrediu e não se arrepende do ato porque eu mereci”, disse a mulher.
Versão do agressor
De acordo com Guilherme Carvalho Rocha, delegado de Santo Antônio do Descoberto, que investiga o caso, o agressor contou à polícia ter sido chamado de “viado” e outras ofensas de cunho homofóbico. Entretanto, os áudios mostrados pela vítima, que coincidem com o momento da agressão, tratam de outros assuntos.
O homem tem passagem por violência doméstica em 2017. Os detalhes do caso, no entanto, estão em segredo de Justiça.


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