Preço da gasolina sobe R$ 0,20 nas bombas após volta de impostos. Saiba se combustível ainda é o mais vantajoso

Na semana seguinte ao retorno dos impostos federais sobre os combustíveis, o preço da gasolina na bomba aumentou 3,93%, passando de R$ 5,08 para R$ 5,28. O maior valor registrado no Brasil inteiro foi de R$ 6,99, segundo levantamento semanal feito pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

O estudo mostra também que o valor cobrado pelo litro do etanol subiu 2,37% entre 26 de fevereiro e 4 de março. Considerado mais ecológico, o combustível foi de R$ 3,79 para R$ 3,88, chegando a custar R$ 6,96 em alguns lugares.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — em apoio ao parecer do ministro da Fazenda, Fernando Haddad — retomou parcialmente os impostos sobre os combustíveis na última semana. Na quarta, a gasolina foi reonerada em R$ 0,47 e o etanol, em R$ 0,02.

Embora o governo tenha anunciado a medida para incentivar o uso de energia limpa, um levantamento feito pelo EXTRA mostra que, com exceção de Cuiabá (Mato Grosso), colocar gasolina continua a ser mais econômico para o consumidor em todas as capitais brasileiras.

A conta para comparar a eficiência do etanol e da gasolina é bem simples. Basta multiplicar o preço da gasolina por 0,7 e comparar com o preço do etanol. O que for mais barato é mais vantajoso.

Na cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, o preço médio da gasolina foi de R$ 5,10. Multiplicando por 0,7, se chega ao valor de R$ 3,57, que ainda é mais baixo do que o preço do etanol no período, de R$ 4,34.

Os tributos federais foram zerados por Jair Bolsonaro no final do ano passado, como parte de um pacote de benesses para melhorar sua popularidade antes da disputa eleitoral. A isenção de PIS/Cofins e Cide terminou em 31 de dezembro de 2022, mas, ao assumir a Presidência, Lula renovou a medida por dois meses.

A recomposição parcial dos impostos deve ter algum impacto na inflação de março, apesar dos esforços da equipe econômica em atenuar a reoneração.

Antes da isenção, a gasolina pagava R$ 0,69 de tributos federais. Agora, pagará R$ 0,47. No caso do etanol, a cobrança era de R$ 0,24 por litro. Agora será de R$ 0,02.