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GERAL

Falta de carretas para transportar brita atrasa reparos em rodovias federais no Acre, diz DNIT

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Foto: Whidy Melo/ac24horas.com

Mesmo com a liberação de cerca de R$ 60 milhões na reta final de 2022 para obras de manutenção nas rodovias federais acreanas, oriundos da PEC da Transição, pouco foi feito no trecho acreano da BR-364 e na BR-317, que liga Rio Branco a Assis Brasil, na fronteira com o Peru.

Nas duas rodovias, as condições de tráfego se agravaram muito nos dois primeiros meses de 2023, especialmente pelo rigor das chuvas. Quem chega de Porto Velho a Rio Branco pela BR-364 sente a situação com mais intensidade nos últimos 100 km. Na BR-317, entre a capital e Xapuri, a situação também é crítica.

O ac24horas consultou o superintendente interino do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) no Acre, Thiago Caetano, que informou haver empresas atuando nos trechos, mas há atraso devido a problemas logísticos, em especial a pouca quantidade de carretas disponíveis no estado.

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A falta das carretas, explica Caetano, dificulta o transporte de brita para os serviços de recuperação, uma vez que a maioria desses veículos se deslocou para trabalhar na colheita da soja em Mato Grosso e Rondônia nesse início de ano. O período de chuvas, segundo ele, é outro fator que torna lento o ritmo dos trabalhos.

“Mas temos feito reuniões periódicas com as empresas, cobrado maior mobilização de equipes e estipulado metas a serem cumpridas. Acreditamos que a partir do final de março consigamos ter uma maior mobilização no trecho e ao longo dos próximos meses melhorar bem a questão funcional do pavimento, ou seja, reduzir significativamente a quantidade de buracos”, disse.

Ainda de acordo com Thiago Caetano a expectativa do DNIT é chegar ao final do verão amazônico (setembro/23) com toda a malha acreana (BR-364 e BR-317) em uma condição muito superior aos últimos anos, quando a falta de recursos dificultou o bom andamento das obras de manutenção das rodovias.

Na semana passada, a bancada federal do Acre e representantes do governo e da Assembleia Legislativa se reuniram com o ministro dos Transportes, Renan Filho, e equipes do Departamento Nacional de Infraestrutura e Transportes (Dnit) para alinhar a liberação dos recursos para a BR-364.

Nesse encontro, foi anunciado que o governo federal vai destinar R$ 600 milhões em recursos para manutenção e recuperação da principal rodovia do Acre que no seu maior trecho no estado liga a capital a Cruzeiro do Sul. Contudo, a BR-317, que nas últimas décadas tem tido um histórico de boa conservação também começa a ser um problema no estado.

No fim de novembro passado, o Ministério Público Federal (MPF) no Acre ajuizou Ação Civil Pública com pedido de liminar contra a União, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) e o Estado do Acre pedindo a realização de reparos necessários à manutenção, fiscalização e conservação do trecho acreano da BR-317.

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Em 2021, o Anuário do Transporte, elaborado pela Confederação Nacional do Transporte – CNT -, apontou que 412 km da BR-317 avaliados quanto ao estado geral da pista foram categorizados como “regular”, “ruim” e “péssimo”. Nenhum quilômetro da estrada teve classificação “bom” ou “ótimo”.

Relatório elaborado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), a pedido do MPF, também identificou inúmeros segmentos em que a trafegabilidade de veículos estava bastante prejudicada em função das péssimas condições da pista e dos serviços de reparação em execução, trazendo grandes riscos de acidentes.

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