O resultado veio acima das estimativas do mercado. O consenso Refinitiv projetava inflação de 0,78% em fevereiro e de 5,54% no acumulado de 12 meses. Em fevereiro de 2022, a variação mensal havia sido de 1,01%.
Segundo o Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta de inflação para este ano é de 3,25%. Como há um intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, a meta será cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%.
Em 2022, o Brasil teve inflação acumulada de 5,79%. A taxa apurada está acima da meta estipulada pelo governo federal pelo segundo ano consecutivo, mas abaixo do percentual registrado nos Estados Unidos e nos principais países da Europa.
Como já se esperava, a educação puxou o índice em fevereiro, representando o maior impacto sobre o IPCA do mês (0,35 ponto percentual) e a maior variação (6,28%). É a taxa mais alta desde fevereiro de 2004 (6,7%).
Em seguida, aparecem os grupos de saúde e cuidados pessoais (1,26%) e habitação (0,82%), que responderam por 0,16 ponto percentual e 0,13 ponto percentual, respectivamente.
Por outro lado, transportes (0,37%) e alimentação e bebidas (0,16%) tiveram variações menores do que as registradas no mês anterior.
Nos dois primeiros meses de 2023, a alta acumulada nos preços é de 1,37%.
Veja a variação de todos os grupos pesquisados
- Educação: 6,28%
- Saúde e cuidados pessoais: 1,26%
- Comunicação: 0,98%
- Habitação: 0,82%
- Despesas pessoais: 0,44%
- Transportes: 0,37%
- Vestuário: -0,24%
- Alimentação e bebidas: 0,16%
- Artigos de residência: 0,11%