POLÍCIA
Operação Ptolomeu pode paralisar obras no Acre e deixar centenas de desempregados; entenda
A suspensão das atividades econômicas das 15 empresas apontadas nas investigações da 3ª fase da Operação Ptolomeu, deflagrada na quinta-feira (9), pode afetar o mercado de trabalho no Acre.
Com a decisão da ministra do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Nancy Andrighi, que acontece após investigações contra corrupção e lavagem de dinheiro na cúpula do governo do Acre, centenas de trabalhadores que trabalham na execução de obras públicas, em andamento no estado, podem ser afetados com atraso de salários ou serem demitidos.
O STJ também autorizou a indisponibilidade de cerca de R$ 120 milhões dos investigados por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casa e apartamentos de luxo. Na decisão, as 15 empresas citadas tiveram suas atividades econômica suspensas.
Segundo a Polícia Federal, a Operação Ptolomeu III, realizada na quinta (9), cumpriu 89 mandados de busca e apreensão em seis estados e no Distrito Federal. Também são alvos 34 agentes públicos e empresários.
Operação Ptolomeu
Nesta terceira fase da investigação, a Polícia Federal busca o ressarcimento de parte dos valores desviados dos cofres públicos. Nesse sentindo, o STJ determinou a indisponibilidade de aproximadamente R$ 120 milhões, por meio do bloqueio de contas e sequestro de aeronaves, casas e apartamentos de luxo adquiridos como proveito dos crimes.
Na mesma decisão, 15 empresas investigadas tiveram suas atividades econômicas suspensas por determinação do Tribunal Superior.
O STJ decretou ainda inúmeras medidas cautelares, dentre as quais: a suspensão do exercício da função pública, a proibição de acesso a órgãos públicos, o impedimento de contato entre os investigados e a proibição de se ausentar do país, com a entrega de passaportes no prazo de 24 horas.
Ptolomeu foi um cientista, astrônomo e geógrafo de origem grega, que primeiro catalogou a Constelação do Cruzeiro do Sul em seu livro Almagesto, produzido no século II.