GERAL
Com apoio da Receita, PF faz ação contra tráfico e lavagem de dinheiro
A Polícia Federal (PF) deflagrou na manhã desta terça-feira (14/3) a operação “Flight Level 2”, de combate ao tráfico internacional de drogas, organização criminosa e lavagem de dinheiro. A ação tem apoio da Receita Federal.
As investigações apontaram que os envolvidos na primeira fase da operação, deflagrada em abril de 2021, seriam uma “célula” de uma organização criminosa maior voltada ao tráfico internacional de drogas, lavagem de dinheiro e crimes financeiros.
Foram identificadas aquisições de imóveis, veículos de luxo, joias e criptoativos sem que os rendimentos declarados fossem suficientes para justificar o crescimento patrimonial no período.
Entre o material apreendido, estavam joias e bolsas de marcas de luxo (veja na galeria abaixo).
Eram cumpridos em Belo Horizonte e região metropolitana e nas cidades de São Paulo e Florianópolis:
- 25 mandados de busca e apreensão;
- 5 mandados de prisão preventiva; 5 mandados de prisão temporária;
- 17 mandados de sequestro de veículos automotores e de 7 imóveis;
- Bloqueio de contas bancárias e criptoativos de 34 pessoas naturais e de pessoas jurídicas.
Primeira fase
A primeira fase da “Flight Level” ocorreu após apreensão, no Aeroporto Internacional de Lisboa, em Portugal, de um avião executivo brasileiro que transportava 175 quilos de cocaína, em outubro de 2020.
A Polícia Federal identificou que o jatinho teria partido de Belo Horizonte (MG) e os donos da aeronave integravam esquema de transporte de drogas usando aviões privados. Foi possível identificar que a organização teria utilizado “laranjas” e “fantasmas” para ocultação dos bens auferidos com a atividade criminosa.
Outra operação: Habeas Pater
Além desses, outros 17 mandados de busca e apreensão eram cumpridos pela PF na operação Habeas Pater, que investiga o envolvimento de um desembargador e seu filho em venda de sentenças para os investigados da presente operação.
Participam do cumprimento dos mandados 120 policiais federais e 12 integrantes da Receita Federal.
Os suspeitos poderão responder pelos crimes de tráfico de drogas, participação em organização criminosa e lavagem de dinheiro com penas que, somadas, podem chegar a 38 anos de reclusão.