POLÍTICA
Servidores da saúde querem Lei Estadual para implementar piso da categoria
Após a sessão ser suspensa por alguns minutos, afim de dar voz aos manifestantes, a representante do Spate, Alesta Amâncio, fez uso da tribuna na Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) para destacar os motivos da paralisação, que acontece em todo o país.
“É uma honra estar aqui, mas não é motivo de alegria. Nós não queremos estar aqui, queriamos estar nas nossas unidades trabalhando, mas infelizmente a enfermagem é isso”, desabafa Alesta.
A servidora se emocionou ao se dirigir ao seu colega de trabalho, hoje Deputado Estadual, Adailton Cruz, que inclusive se elegeu com a bandeira da saúde e tem se mantido firme nas reivindicações e luta ao lado dos profissionais em saúde.
“Esse movimento de hoje é em favor do nosso piso nacional. Nós passamos 25 anos lutando para que fosse aprovado o piso, e olha que não foi o que nós pedimos, foi o que deu, e aí o Supremo suspendeu. Mas a gente pode também sair na frente, essa casa pode sair na frente com o Governo do Estado e aprovar um piso Estadual da enfermagem, se eles quiserem e se vocês (deputados) nos ajudarem, porque a enfermagem hoje está morrendo dentro das unidades e ganhando um salário que não dá para sustentar a sua família”, disse Alesta.
Juscelino, outro representante dos servidores da saúde, comparou um plantão de 12h da enfermagem, que custa R$70,00, com o valor pago a um roçador, em torno de R$ 100,00, onde o trabalhador demora cerca de uma hora e meia a duas horas. A comparação não teve cunho de minimizar o trabalho do roçador, porém de valorizar o trabalho dos servidores em saúde, cujos plantões variam de 12 a 36 horas.
“O Governo do Acre pode implementar essa lei. Na Paraíba já foi implementado. Precisamos da ajuda dos deputados e da boa vontade do governador”, finalizou Ionara, da Federação da Enfermagem.