O resultado veio ligeiramente acima do esperado pelo mercado, que projetava um índice de desocupação de 8,3%, de acordo com o consenso Refinitiv.
Mesmo assim, trata-se do menor percentual para um trimestre móvel encerrado em janeiro desde 2015.
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Em janeiro, cerca de 9 milhões de pessoas estavam desempregadas no país. Em relação ao mesmo período de 2022 (11,2%), o desemprego recuou 2,9 pontos percentuais. No período de um ano, a quantidade de pessoas desempregadas no Brasil diminui em 3 milhões.
“Essa estabilidade ainda seria uma repercussão da redução da procura por trabalho nos meses de novembro e dezembro de 2022 sobre o início de 2023″, afirma Adriana Beringuy, coordenadora da Pnad Contínua.
“Se, pelo lado da desocupação, há uma estabilidade, pelo lado da geração de trabalho, o movimento já é de perda de ocupação. Observamos, assim, dois panoramas: em uma análise mais de curto prazo, é observada uma queda na formação de trabalho, enquanto, no confronto com um ano atrás, o cenário ainda é de ganho de ocupação”, conclui.
Entre os setores que mais influenciaram o resultado do trimestre encerrado em janeiro, segundo o IBGE, estão as atividades de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca, aquicultura, administração pública e saúde. Em todas elas, houve perda nos níveis de ocupação.
Em 2022, a taxa média de desemprego no país recuou para 9,3%, ante 13,2% do ano anterior. No quarto trimestre do ano passado, o índice de desocupação foi de 7,9%.