O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin (PSB), criticou nesta segunda-feira (20/3) a taxa de juros mantida pelo Banco Central, mas avaliou que a apresentação de um novo arcabouço fiscal pelo governo deverá abrir caminho para a redução desse índice.
O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central se reúne nesta semana e Alckmin, que também é ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, soma esforços ao governo Lula (PT) contra a manutenção da taxa de juros em 13,75%.
Não há nada que justifique ter 8% de juros real acima da inflação quando não há demanda explodindo e quando o mundo inteiro tem praticamente juros negativos”, argumentou Alckmin, em seminário promovido pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).
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Alckmin avaliou que o país pode, “com a nova ancoragem fiscal, superar essa dificuldade”, referindo-se aos juros.
O novo arcabouço fiscal está no centro do debate político. Mais cedo, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse que debateria a ideia ainda nesta segunda com os presidentes da Câmara, Arthur Lira, e do Senado, Rodrigo Pacheco. Haddad amplia o debate a pedido do presidente Lula, com o objetivo de abrir espaço para um entendimento sobre o que será apresentado, para facilitar a tramitação.
Segundo Alckmin, o novo arcabouço fiscal “vai combinar curva da dívida – de um lado, superávit, e de outro lado, controle de gastos”. Ainda nas palavras do vice-presidente, “é uma medida inteligente e bem feita”.]
O governo se esforça para apresentar, ainda nesta semana, as regras fiscais que deverão substituir o teto de gastos criado sob o governo de Michel Temer (MDB). O projeto precisará ser aprovado pelo Congresso.
Em sua fala, Alckmin avaliou ainda que a proposta de reforma tributária que o governo elabora para mandar ao Congresso “está madura” e também é fundamental para a economia brasileira.
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