GERAL
Após repercussão, prefeitura de Rio Branco chama merendeiros para conversar sobre prato extra
Surpreendidos com o acréscimo de mais um lanche nos cardápios, os merendeiros da educação municipal realizaram um manifesto durante a entrega da nova farda, na semana passada. A categoria não foi bem tratada pelo prefeito, que disse que eles eram pagos para trabalhar e que os mesmos que reclamavam hoje eram os que recebiam menos de um salário mínimo na carteira.
Na manhã da última segunda-feira, 20, parte da categoria foi para frente da prefeitura, onde uma comissão foi recebida pelo Secretário Municipal de Gestão Administrativa e Tecnologia da Informação (SEGATI), Jonathan Santiago e o secretário adjunto da Secretária Municipal de educação (SEME), Paulo Machado.
Na conversa, apesar de não ter acordo de melhoria salarial, ficou acordado que, a princípio, não será servido o prato extra até que se tenha uma conversa com a categoria para viabilizar melhores condições de trabalho para realizar o acréscimo. Além disso, a classe explica que o aumento de trabalho é um efeito em cadeia que afetará não só os merendeiros, mas com todo o efetivo escolar.
A classe levou algumas pautas aos gestores tais como: redução de quantidade de alunos por merendeiro, que, atualmente, são 150 alunos para um profissional e eles pedem que seja 100 para 1 merendeiro. Também pediram melhorias nos equipamentos que armazenam os frios e a insalubridade, ora ofertada 10% em cima do salário mínimo pago pela prefeitura que é de R$ 1.400,00.
Segundo um dos integrantes da comissão, Rodrigo Moreira, eles garantiram que uma empresa foi contratada e terá o prazo de 180 dias para avaliar a porcentagem de insalubridade dos locais de serviço. Outro ponto levantado foi sobre a questão da licença-prêmio que, atualmente, tem merendeiro que deu entrada no pedido há oito anos.
Vale ressaltar que a licença-prêmio é um benefício estatutário que o servidor faz jus a três meses de licença a cada cinco anos de efetivo exercício. O servidor terá direito à licença prêmio de 3 meses em cada período de 5 anos de exercício efetivo e ininterrupto, sem prejuízo da remuneração. No entanto, os profissionais que procuram a Seme para fazer a solicitação são informados que só estão atendo a solicitação de quem não precisa ser substituído ou que está prestes a se aposentar.
A reportagem entrou em contato com o assessor de planejamento da Seme, Rosenato Pontes, para saber o motivo dos servidores serem barrados ao tentarem pedir um benefício que é garantido por lei. Porém, apesar de visualizar a mensagem, Pontes não respondeu.
A categoria segue agora aguardando um conversa com o prefeito.