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POLÍTICA

Agenda empresarial na China será mantida mesmo sem Lula

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A agenda dos mais de 200 empresários brasileiros que integram a comitiva em viagem para a China será mantida, mesmo após o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) cancelar a ida ao país.

A expectativa era de que a comitiva empresarial, que teve número recorde de convidados, fizesse parte dos eventos para assinatura dos 20 acordos bilaterais durante a viagem. O objetivo era de que a ida do presidente à China promovesse “o relançamento das relações com aquele que é o principal parceiro comercial do país [Brasil] desde 2009”.

A China é um dos maiores parceiros comerciais do Brasil, ao lado dos Estados Unidos e da Argentina. Em 2022, o país asiático importou mais de US$ 89,7 bilhões em produtos brasileiros, especialmente soja e minérios, e exportou quase US$ 60,7 bilhões para o mercado nacional.

O volume comercializado, de US$ 150,4 bilhões, cresceu 21 vezes desde a primeira visita de Lula ao país, em 2004.

Como mostrou a coluna Rodrigo Rangel, do Metrópoles, parte da comitiva empresarial já está na China. Entre eles, o presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil), Jorge Viana, e Marcos Molina, fundador do frigorífico Marfrig — que, depois, assumiu o comando da BRF, uma das maiores companhias brasileiros do agronegócio.

Ao contrário do que ocorre com ministros, secretários e assessores, o governo federal não arcará com o custo das despesas dos empresários ao país.

Cancelamento

A data inicial da viagem de Lula seria neste sábado (25/3). No entanto, desde sexta-feira (24/3), a equipe médica do presidente alertava sobre o quadro de saúde do petista, uma broncopneumonia bacteriana e também causada pelo vírus Influenza A.

O voo para a China havia sido adiado para a manhã deste domingo (26/3). Um dia antes, porém, a médica pessoal do presidente, a infectologista Ana Helena Germoglio, considerou ser preciso um tempo maior para a recuperação.

Até o momento, a equipe médica não determinou quando Lula poderá voltar a viajar, e o Palácio do Planalto informou que define uma nova data com o governo chinês.

Planos

Lula passaria quatro dias na China. Em Pequim, capital chinesa, estavam previstos encontros com o presidente Xi Jinping; com o primeiro-ministro da China, Li Qiang; e com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji.

A China seria o quarto país que Lula visita desde que tomou posse, em janeiro deste ano. De lá para cá, o presidente visitou Argentina, Uruguai e Estados Unidos.

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