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ENTRETENIMENTO

Xuxa supera fama de ‘loira burra’, vira mulher fantástica e nos ensina muito

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Xuxa é autêntica ao mostrar que envelhecer não é fácil, mas pode ser agradável Foto: Reprodução

Maria da Graça chega aos 60 anos. Para surpresa geral, uma das mais famosas artistas brasileiras de todos os tempos está em paz com a idade.

Foi símbolo sexual, exemplo copiado de beleza e lançadora de tendências. Escrava da própria imagem pública ao longo de décadas.

Hoje, longe da TV, assume as rugas, os vincos, a flacidez, os cabelos mais ralos. Demonstra estar feliz com quem se tornou – não há prova maior de conquista da sabedoria.

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Envelhecer sendo monitorado pela mídia e antigos fãs não é uma experiência agradável. Xuxa tira de letra. Não comete o erro vexatório de se deformar com procedimentos invasivos a fim de tentar (inutilmente) parecer eternamente jovem.

Ela venceu o estereótipo de ‘loira burra’ alimentado por certa alienação em relação ao mundo fora de sua nave rosa e pelo cerceamento de quem comandava sua carreira.

Xuxa critica, contesta, cobra, xinga, erra, se corrige, pede desculpa. Apresenta saborosa autoironia (característica de gente inteligente), se posiciona politicamente e fala de questões íntimas com saudável naturalidade.

Por exemplo: diz ser “bem-comida” pelo namorado Junno, admite a fantasia de conhecer uma casa de swing e comenta sem pudor os altos e baixos do sexo na maturidade.

Contribui para debates revelantes, como o combate à violência sexual. Teve a coragem de relatar na TV os abusos sofridos na infância. Deu força às vítimas para reagir e denunciar.

A nova sessentona do pedaço se permite a nostalgia. Faz shows com antigas músicas e coreografias. Xuxa nos mostra o valor de lidar bem com o passado, viver intensamente o presente e não temer o futuro.

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Parabéns, Maria da Graça.

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