O presidente Lula foi aconselhado por alguns auxiliares a se manter em silêncio nos próximos dias, até que suas recentes declarações sobre o ex-juiz e atual senador Sergio Moro (União Brasil-PR) caiam no esquecimento.
Na semana passada, Lula causou polêmica ao dizer que a operação da Polícia Federal que investigou planos do PCC para matar Moro e outras autoridades teria sido uma “armação” do senador junto com a juíza Gabriela Hardt.
Na avaliação de integrantes do governo, Lula errou com a fala, ao abrir espaço para Moro se vitimizar. Além disso, o presidente pôs em xeque o trabalho da atual gestão da PF, que atuou nas investigações do caso do PCC.
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Conselheiros do presidente avaliam que é momento de Lula evitar discursos improvisados e falas à imprensa. Mesmo sendo orientado por auxiliares, o petista acaba sempre deixando escapulir um frase indesejada.
Para estrategistas de comunicação de Lula, o cancelamento da viagem à China ajudará o presidente a evitar novas falas polêmicas sobre Moro. Por orientação médica, o petista ficará recluso no Palácio da Alvorada.
A dor de cabeça dos auxiliares com as falas de Lula não é de hoje. Durante a campanha de 2022, o petista chegou a ser proibido de improvisar nos discursos mais relevantes, como na apresentação de Geraldo Alckmin como vice na chapa.
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