Nesta quarta-feira (29/3), os deputados que compõem a CPI da Câmara Legislativa do Distrito Federal (CLDF) se reuniram com o ministro Alexandre de Moraes, do STF. O integrante da Suprema Corte e os parlamentares dialogaram por mais de uma hora.
Durante o encontro, o ministro mencionou que as investigações apuram quem são os financiadores dos atos promovidos por bolsonaristas, com divisões entre pequenos e grandes investidores, além do núcleo de organização.
“Falamos para ele da necessidade de compartilhar com a CPI dados investigados pelo Supremo Tribunal Federal. Moraes designou um juiz auxiliar do gabinete dele para ter contato com nosso procurador da comissão. O que puder ser compartilhado será”, enfatizou o distrital Chico Vigilante.
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O tema Anderson Torres também entrou na pauta, mas o ministro voltou a lembrar a jurisprudência que impede a condução coercitiva do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal e ex-ministro do governo Jair Bolsonaro (PL).
“O ministro, infelizmente, não pode obrigá-lo [Anderson Torres] a comparecer para falar, mas até brincou, dizendo: ‘Olha, quando isso foi votado no Supremo, de não ter condução coercitiva, fui contra, mas perdi’”, detalhou o deputado, em menção à fala de Alexandre de Moraes.
Colaboração entre investigações
Os deputados distritais pediram acesso a documentos relacionados ao 12 de dezembro, quando houve tentativa de invasão à sede da Polícia Federal, e ao 8 de janeiro, na invasão e depredação de prédios da Praça dos Três Poderes. Depoimentos, laudos, relatórios e imagens de circuitos internos e externos em poder do Supremo, por exemplo, são de interesse da comissão.