Em um dia marcado por forte repercussão no mercado de declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, encerrou o último pregão da semana em queda.
O indicador fechou o dia recuando 0,15%, mantendo o patamar de 100 mil pontos (100.821,73). No acumulado da semana, o Ibovespa caiu 1,04%.
Os investidores não reagiram bem às falas de Lula durante um café da manhã com jornalistas no Palácio do Planalto. O chefe do Executivo deixou em aberto a possibilidade de o governo mudar a meta de inflação no país. Ele também voltou a criticar os juros altos, classificando o patamar atual da taxa Selic (13,75% ao ano) como “incompreensível” e “humanamente impossível”.
“Não sei se foi a partir de algum de vocês (jornalistas), mas esses dias eu li uma frase que eu não sei se foi dita pelo presidente do Banco Central, de que, para atingir a meta de 3%, precisaria de juro de 20%. Não sei se foi verdade isso, mas, no mínimo, é uma coisa não razoável. Porque, se a meta (de inflação) está errada, muda-se a meta”, afirmou Lula.
Continua depois da publicidade
O mercado também acompanhou com atenção a entrevista de Haddad à BandNews, pela manhã. O ministro afirmou que o novo arcabouço fiscal, que deve ser enviado pelo governo ao Congresso Nacional na semana que vem, “vai exigir” a queda da taxa básica de juros no país.
Entre as ações mais negociadas do dia, Vale (-0,2%) e Petrobras (-1,4%) registraram queda.
Dólar
O dólar, por sua vez, fechou em alta de 0,16%, negociado a R$ 5,058. Com o resultado, passou a acumular perdas de 0,23% em abril e de 4,18% em 2023
Na cotação máxima do dia, a moeda americana foi vendida a R$ 5,083. Na mínima, caiu para R$ 5,042.
O mercado não abrirá na sexta-feira (7/4), início do feriado de Páscoa.