GERAL
GDF vai contratar policiais temporariamente para reforçar segurança em escolas
A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) recebeu autorização para contratar policiais temporariamente e anunciou que dará andamento à proposta. A medida visa ampliar a segurança e coibir a violência em 1,6 mil escolas privadas e particulares, além de creches, faculdades e universidades. As ações ocorrem em meio às recentes ameaças de ataques que se espalharam no DF e por todo o Brasil.
Vigilantes em colégios
Em relação aos vigilantes que atuam nas instituições de ensino, a secretária de Educação informou que a rede pública conta com 3.201 profissionais, entre concursados e terceirizados, que atuam em 700 colégios. A proposta, incialmente, é de promover rearranjos nesse quadro, antes de fazer eventuais novas contratações. “Quando retornamos às aulas presenciais no pós-pandemia, a Secretaria de Educação se deparou com episódios de violência escolar. Desde então, temos atuado fortemente nas escolas com a cultura de paz”, declarou Hélvia Paranaguá.
Os secretários enfatizaram que o plano deve ter participação de toda a comunidade escolar e convidaram as famílias a acompanharem de perto os estudantes. “Os pais, por favor, vistoriem as mochilas dos filhos. Esperamos poder compartilhar com os esforços das famílias”, pontuou Sandro Avelar. “Fazemos um trabalho conjunto, no sentido de transmitir paz e segurança. Embora a gente perceba a preocupação, é preciso que a população entenda que todos os esforços têm sido feitos.”
Cautela
Nessa quarta-feira (12/4), o governador Ibaneis Rocha fez uma declaração sobre as recentes ameaças de ataques em escolas e faculdades do DF e disse que o cenário requer cautela. “O momento é de atenção, mas a segurança pública do Distrito Federal está trabalhando com muita inteligência e integrada com as demais forças de segurança”, afirmou à coluna Grande Angular, do Metrópoles.
A partir de ocorrências registradas dentro e fora de escolas, a SSP-DF mapeou 60 unidades de ensino que receberão maior atenção das forças de segurança neste momento. Os nomes dos colégios não serão divulgados, por motivo de segurança. As quatro companhias de Batalhão Escolar da PMDF se dividirão para atuar com foco nessas instituições de ensino.
O sistema de Inteligência da Segurança Pública da capital federal também vai fortalecer o monitoramento da Deep Web e de perfis em redes sociais que propagam ou fazem apologia à violência nas escolas.
Caso sejam identificadas ameaças ou outros tipos de crime, a PCDF tratará as ocorrências com prioridade, por meio de protocolos operacionais e fluxos de informação que envolvem as delegacias Eletrônica (DE), de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DRCC), da Criança e do Adolescente (DCA), da Divisão de Operações Especiais (DOE), além do Instituto de Identificação (II) e das unidades circunscricionais, que auxiliarão nos atendimentos emergenciais.
Com eventual iminente ameaça de crimes, os batalhões escolares da PMDF reforçarão o trabalho de visita técnica aos colégios.
Multas por trotes
O Governo do Distrito Federal (GDF) publicou, em edição extra do Diário Oficial (DODF) desta quarta-feira (12/4), a regulamentação da lei que visa coibir a prática de trotes telefônicos. A lei, aprovada em 2019, tinha, até então, caráter educativo. Porém, a partir de agora, as multas e punições serão aplicadas a quem se comunica indevidamente com serviços de emergência, combate a incêndios ou ocorrências policiais.
A proposta de criação da lei partiu do deputado distrital Eduardo Pedrosa (UB). O texto sancionado prevê que quem passar trote ao CBMDF, à Defesa Civil, à PMDF, à PCDF e ao Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) recebam punições.
Uma delas diz respeito à multa de até três salários mínimos — ao todo, R$ 3.906. Se o poder público não conseguir cobrar por via administrativa, a penalidade seguirá por via judicial.