O melhor que pode acontecer ao consumidor e para a economia brasileira, do ponto de vista de emprego, do ponto de vista de oportunidades, do ponto de vista de direitos sociais e trabalhistas, é uma isonomia na concorrência. Você tem que ter igualdade de condições de concorrência. Quando não há, isso prejudica muito a economia”, prosseguiu Haddad na entrevista desta quinta.
E concluiu: “Ninguém acha que vai ser bom para a economia brasileira contrabando, carga roubada, mercadorias feitas com base em trabalho análogo à escravidão… Nada disso vai ser bom para o Brasil. A maneira de coibir isso é garantir concorrência igual para todo mundo, seja um empresário brasileiro, seja um empresário estrangeiro”.
O titular da Fazenda acompanha o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em viagem oficial à China. Após participação na posse simbólica da ex-presidente Dilma Rousseff no comando do Novo Banco de Desenvolvimento, o chamado Banco dos Brics, a comitiva segue para Pequim, onde haverá encontro com o presidente chinês, Xi Jinping.
Entenda
Na última terça-feira (11/4), a Receita Federal anunciou o fim da isenção de impostos para encomendas internacionais com valor de até US$ 50 (cerca de R$ 250). A decisão é parte de um esforço para taxar compras de gigantes varejistas asiáticas, como Shein, Shoppee e AliExpress.
Em nota enviada à imprensa, a Receita disse que nunca houve isenção para o comércio eletrônico e que o benefício só se aplicava para envio entre pessoas físicas e não para relações comerciais.
No entanto, o benefício tem sido utilizado, de forma fraudulenta, segundo os órgãos oficiais, para vendas realizadas por empresas estrangeiras. Ou seja, as empresas estariam se passando por pessoas físicas para enviar as encomendas a clientes do Brasil sem cobrança de imposto.
O tema gerou repercussão nas redes sociais, com reação negativa especialmente de setores da classe média, que mais recorrem a esse tipo de compra.