POLÍTICA
Política externa de Lula é criticada pelo The Washington Post

O jornal norte-americano The Washington Post criticou a política externa brasileira, em artigo publicado nessa quinta-feira (13/4). Segundo o tabloide, os Estados Unidos esperavam que Lula (PT) fosse um parceiro para o Ocidente após a vitória nas eleições sobre Jair Bolsonaro (PL), mas afirmou que o presidente brasileiro parece ter “seus próprios planos”.
Alguns episódios envolvendo o presidente brasileiro foram citados pelo jornal, como o posicionamento do Brasil em relação à guerra na Ucrânia, os navios do Irã no Rio de Janeiro, a visita de Celso Amorim a Nicolás Maduro e Vladimir Putin, além do bloco dos Brics, que reúne Brasil, Rússia, China, Índia e África do Sul.
“A vitória eleitoral de Lula no ano passado sobre Jair Bolsonaro, o ex-militar admirador da ditadura que se aliou ao presidente Donald Trump e à direita global, aumentou o otimismo de que o país mais populoso da América Latina poderia ser um parceiro na promoção de normas democráticas no Hemisfério Ocidente e além”, disse o artigo.
O posicionamento de Lula em relação aos Estados Unidos, e o pragmatismo na política externa proposta pelo Itamaraty, também foram alvos de críticas.
“Lula está lembrando ao mundo sua abordagem da política externa – que, de acordo com seu primeiro mandato, prioriza o pragmatismo e o diálogo, e mostra pouca preocupação se antagoniza Washington ou o Ocidente”, afirmou a publicação.
Lula na China
As críticas a Lula acontecem no momento em que o presidente do país visita seu homólogo, o chinês Xi Jinping, na China.
Além do encontro com o presidente chinês, descrito pelo jornal como alguém que tenta “derrubar a ordem internacional liderada pelos Estados Unidos”, outros pontos da visita de Lula a China foram criticados pelo jornal.
Nesta sexta-feira (14/4), na China, Lula cutucou indiretamente os Estados Unidos, que estão em franca guerra comercial e diplomática com a China já há algum tempo.
“Ontem, fizemos visita a Huawei numa demonstração de que queremos dizer ao mundo que não temos preconceito com o povo chinês. E que ninguém vai proibir que o Brasil aprimore sua relação com a China”, disse Lula, reafirmando o discurso que fizera horas antes ao se reunir com o presidente da Assembleia Popular Nacional, o congresso chinês, Zhao Leji.
A visita do presidente brasileiro a big tech Huawei, empresa banida nos EUA e alvo de polêmicas com o governo-norte americano, foi uma delas.
O jornal ainda afirmou que o governo brasileiro ajuda a China no impulsionamento do yuan, horas após Lula defender o uso de uma moeda alternativa no comércio entre os países que compõem o Brics.


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