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POLÍTICA

EUA reclamam de críticas de Lula: ‘repetição da propaganda russa e chinesa’

Publicado em

Lula e o presidente da Assembleia Popular da China, Zhao Leji – Reprodução/Instagram

As críticas que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez aos Estados Unidos durante viagem à China teriam desagradado a Washington. O principal incômodo veio na noite de sexta-feira (14), quando o presidente brasileiro disse que os EUA não querem paz, falando sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia. Na ocasião, o governante ainda aconselhou as autoridades norte-americanas a pararem de fornecer armamento a Kiev.

De acordo com o jornal O Globo, um integrante da diplomacia americana destacou que não existe problema no fato de Lula viajar a outros países e fazer parcerias estratégicas, mas a forma como ele se referiu aos Estados Unidos causou “surpresa”. Esse interlocutor ressaltou que o Brasil talvez tenha um papel fundamental em uma negociação de paz para o fim do conflito no Leste Europeu, mas se mantiver uma postura neutra “e agir como um líder global”.

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Com base nas últimas declarações do petista, as autoridades americanas concluíram que o governo brasileiro apoia a Rússia. Para participar de uma negociação, o líder teria que se manter neutro. A fonte ainda pontuou que Lula já falou “várias vezes” com Vladimir Putin, presidente russo, e apenas uma vez com Volodymyr Zelensky, governante ucraniano.

Segundo o integrante da diplomacia americana, os comentários do chefe do governo brasileiro “são unilaterais, desinformados e não construtivos”. Para ele, ao dizer que EUA e União Europeia não querem a paz, o petista reproduz a “propaganda russa e chinesa favorável a Moscou”. As autoridades dos Estados Unidos sustentam a ideia de que americanos e europeus tentaram evitar a guerra desde o início, mas não foram ouvidos.

No entanto, não há intenção, por parte de Washington, de retaliar o governo do Brasil. Nos próximos dias, os governantes devem fazer contatos e a mensagem principal é de que os dois países têm uma agenda cheia e com muitos interesses, como a mudança climática e a segurança alimentar.

Para o governo americano, não há problema nos negócios entre Brasil e China, mas causou incômodo o fato de Lula não ter criticado nenhuma nação quando foi aos EUA em fevereiro e não ter poupado os norte-americanos durante visita à China.

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