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POLÍCIA

Alvo de furtos, órgão da Polícia Civil pede reforço da própria corporação para garantir segurança da sua sede

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Sede do IIFP, no Estácio, próximo ao Complexo de São Carlos Roberto Moreyra

Vítima de furtos em sua sede, no centro da cidade, o Instituto de Identificação Félix Pacheco (IIFP), que tem entre suas atribuições a função de ser o guardião do arquivo criminal do estado, se viu obrigado a pedir ajuda à Polícia Civil para garantir a segurança do prédio. Nada demais, não fosse o próprio IIFP um órgão da Polícia Civil. O pedido de reforço foi formalizado internamente na última quarta-feira. Nele, Alexandre Trece Motta, diretor do instituto, pede que “policiais das distritais” passem a fazer a vigilância do prédio. Entre os argumentos para sustentar o pedido, o documento faz menção ao fato de que a sede do IIFP é vizinha à “comunidade conhecida como Complexo de São Carlos”, no Estácio, no Centro do Rio.

A solicitação, encaminhada ao Departamento-Geral de Polícia Técnico-Científica, com vistas à Superintendência Geral de Polícia Técnico-Científica, afirma que o IIFP precisaria, já para o mês de maio, da disponibilização de 62 vagas para policiais trabalhando no Regime Adicional de Serviço (RAS), em plantões contínuos, com turnos de 12 horas, na vigilância do prédio, que estaria sendo alvo de “furtos tentados e consumados” em suas dependências externas “com foco na retirada de partes e peças de condensadoras de ar acondicionado”.

O documento cita ainda que a solicitação é feita nos mesmos “moldes do que está sendo feito no ICCE e do IMLAP”, em referência, respectivamente, ao Instituto de Criminalística Carlos Éboli e ao Instituto Médico Legal Afrânio Peixoto, outros órgãos que também pertencem à estrutura da Polícia Civil.

Pelo descrito na solicitação, o emprego de mais policiais civis na proteção à sede do IIFP seria algo provisório, até que seja concluída “a efetiva implementação do serviço de segurança patrimonial (vigilantes)” cujo processo de contratação estaria em andamento. O texto informa ainda que a necessidade de reforço se dá devido à impossibilidade de que servidores da Polícia Técnica sejam deslocados para “atividades de controle de acesso e guarda predial” da unidade.

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Perguntado a respeito, o secretário de Polícia Civil, Fernando Albuquerque, disse desconhecer a solicitação e negou que haja necessidade de contratação de “segurança patrimonial” para o prédio. O secretário acrescentou ainda que os peritos são policiais civis concursados.

O EXTRA solicitou ainda à Polícia Civil informações sobre registros de furtos ocorridos na sede do IIFP em 2022 e 2023, bem como sobre a cessão de policiais, em regime de RAS, para realizar a vigilância das sedes do ICCE e do IMLAP, mas não obteve resposta até o fechamento desta matéria. O órgão informou que “a segurança patrimonial de suas unidades é orgânica e feita pelos próprios agentes da instituição, não havendo necessidade de contratação de profissionais externos.”

Além de manter e atualizar o arquivo criminal do estado, o IIFP tem entre suas atribuições emitir folhas de antecedentes criminais, atestados de antecedentes, laudos periciais de papiloscopia e certidões de vida privada, entre outros. O acervo do IIFP possui 13 milhões de registros civis e um milhão de prontuários criminais.

Em novembro do ano passado o EXTRA registrou que quatro homens foram levados à 19ª DP (Tijuca) após furtar armários e gavetas de metal, repletos de documentos, de um terreno do IIFP, localizado na avenida Francisco Bicalho. O material foi levado em um caminhão e, segundo informações colhidas a época, o objetivo dos ladrões era vender os arquivos como sucata e o papel para reciclagem a quilo.

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