“O G. Dias eu quero muito bem a ele desde o tempo do outro governo. Desde o episódio do 8 de janeiro, ele não ficou à vontade. Não estava se sentindo bem. E agora, com aquelas fitas, as coisas pioraram, e ele resolveu sair. Acho que foi bom para ele (a demissão). Ele não estava se sentindo confortável.”, afirmou Múcio à coluna, na chegada ao hotel em Lisboa onde ele, Lula e os demais ministros ficarão hospedados pelos próximos dias.
Múcio também se colocou contra a extinção do GSI, como algumas alas do governo defendem. “Você pode mudar de nome. Tem gente querendo mudar, mas aquilo não pode deixar de existir”, declarou.
“Interinidade vai durar pouco”
O ministro da Defesa disse ainda que a interinidade de Ricardo Capelli como chefe do GSI no lugar de G. Dias “vai durar pouco” e defendeu que o presidente Lula mantenha um militar como chefe da pasta.
“Acho que essa interinidade vai durar pouco. Ele deve colocar outro nome”, afirmou Múcio. Indagado quem seria esse nome, respondeu: “Não posso me meter nisso, senão isso vem para a Defesa. Estou muito quieto”.
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“Acho que agora não pode mexer naquele perfil (de ter militar no comando do GSI). Tem outras propostas. Dentro do governo tem gente que quer outras coisas, aumentar o número de civis. Acho que essa medida que está lá está boa”, reforçou.