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POLÍCIA

PCDF prende Quadrilha da Hilux, suspeita de causar prejuízo de R$ 9 milhões

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Policiais civis das coordenações de repressão aos Crimes Patrimoniais (Corpatri) e às Drogas (Cord) deflagraram a Operação Luxus, para desarticular uma quadrilha especializada em furtos de caminhonetes de alto luxo, modelo Hilux, no Distrito Federal.

Grande parte dos veículos subtraídos eram trocados por drogas em regiões de fronteira. Foram cumpridos cinco mandados de prisão e sete de busca e apreensão.

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A Corpatri constatou que desde dezembro do ano passado os indicadores estatísticos relacionados a esta modalidade criminosa apresentaram um expressivo e inédito aumento nunca antes visto na capital federal.

Em cinco meses, foram registrados mais de 25 furtos qualificados de picapes médias de luxo. A Polícia Civil detalhou que os integrantes da associação atuavam de forma articulada, organizada e selecionavam os veículos a serem furtados no Plano Piloto e Águas Claras, locais tidos como seguros.

Os investigadores identificaram que alguns desses veículos foram levados enquanto estavam em estacionamentos rotativos privados e que contam com equipe de segurança própria. A marca e o modelo dos veículos são mundialmente reconhecidos como sendo sinônimos de segurança, conforto, potência e luxo, possuindo portanto, alto valor de mercado desde a aquisição originária até a sua revenda posterior.

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“Chamou a atenção também que tais veículos são equipados desde a sua fabricação e montagem, com sistema composto por vários itens de segurança, o que dificulta a consumação de tais delitos, demandando o emprego de conhecimento e recursos específicos por parte da agremiação para a superação de tais camadas de segurança”, explicou o delegado Konrad Munis Pereira da Rocha, diretor da Delegacia de Repressão a Roubos e Furtos de Veículos 1.

Estima-se que o prejuízo financeiro causado pela associação, se aproxima da R$ 9 milhões, já que cada veículo equivale a R$ 350 mil.

Investigações

Durante as investigações, foram identificados ao menos cinco integrantes que atuavam de forma ousada, destemida e demonstravam certo grau de profissionalismo em suas ações, já que para acessar tal tipo de veículo é exigido conhecimento e recursos diferenciados. A associação concentrava suas atividades criminosas na região do Plano Piloto.

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As ações contavam, ainda, com um planejamento logístico e operacional abrangendo toda teia que envolve furto qualificado de veículo, ou seja, da subtração, ocultação e adulteração e até a sua receptação e destinação final.

Após o furto, os veículos eram submetidos ao processo de adulteração de sinais identificadores e transportados a outras unidades da federação, onde eram trocados por grande quantidade de drogas ou entregues a receptadores que os desmanchavam para a venda das autopeças no mercado clandestino.

Desde o início das apurações, foram recuperados seis caminhonetes de luxo, sendo que duas delas foram localizadas em Goiás e uma em Mato Grosso.

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Vida no crime

A Corpatri destacou que os suspeitos são experientes e adotam a prática de crimes como modelo e sustento de vida, tendo passagem pela polícia. Alguns deles já trabalharam na área de manutenção veicular.

Os integrantes da célula estratégica, formada por três homens com idades entre 33 e 41 anos, eram responsáveis por planejar a execução dos furtos, fornecendo os equipamentos tecnológicos necessários para burlar e superar o sistema de segurança instalado nos veículos.

Eles também adulteravam placas e outros sinais identificadores dos veículos a fim de trocá-los, posteriormente, por droga ou vendê-los no mercado clandestino. Havia casos também em que vendiam os veículos para serem desmontados e desmanchados com a finalidade de vender as peças.

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Já o núcleo de execução era responsável por executar os delitos e conduzir os veículos subtraídos. Eles adotavam uma forma de dirigir ofensiva e perigosa, sempre oferecendo risco às pessoas que de alguma forma cruzassem seu trajeto.

O principal responsável é um homem de 37 anos que, segundo a investigação, tem vasta ficha criminal. Um outro criminoso, de 51 anos, com passagens por tráfico de drogas e uso de documento falso, recebia e ocultava os veículos promovendo a adulteração em primeira escala.

Em caso de condenação, o somatório das penas atribuídas aos autores pode ultrapassar os 20 anos de prisão. Eles serão indiciados por associação criminosa; furto qualificado com a majorante de transporte para outra unidade da federação; receptação qualificada e adulteração de sinais identificadores de veículo automotor.

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