Veja a cronologia completa dos fatos:
17 de abril
Regiane foi à escola. A presença dela foi confirmada na aula, porém, depois que saiu da instituição de ensino, ela não voltou para casa e não foi mais vista.
Os pais da jovem disseram ter tentado contato com a filha por diversos meios, sem sucesso. De acordo com eles, a estudante não tinha o costume de deixar de responder, por isso, imediatamente procuraram a polícia.
Um boletim de ocorrência de desaparecimento foi registrado na 16ª Delegacia de Polícia (Planaltina).
Mais tarde, descobriram que Regiane foi abordada por Sérgio, por volta das 20h do mesmo dia. No início, ele queria apenas roubar a bicicleta dela. Porém, aproveitou-se da situação e a estuprou.
Ele dizia que iria liberá-la após o estupro. A todo momento, ela era ameaçada com uma faca. Por medo de ser denunciado à polícia, Sérgio matou a estudante.
18 de abril
Após matá-la, o suspeito enterrou o corpo, que ficou desaparecido por cerca de sete dias. Em uma região de mata, Sérgio cavou uma cova rasa, aparentemente com as próprias mãos, e jogou o corpo de Regiane dentro. Depois, o homem usou um tapete para cobrir o cadáver, colocando com mais terra e folhas secas, na tentativa de despistar qualquer indício de que ali havia uma pessoa morta.
19 de abril
Os bombeiros iniciaram as buscas pela jovem em um matagal próximo ao local onde ela havia sido vista com vida pela última vez. Foram encontrados pedaços de roupas e uma pulseira.
Porém, Regiane seguia desaparecida.
20 de abril
Os bombeiros retornaram à região que liga o Setor Sul de Planaltina ao Bairro Nossa Senhora de Fátima, onde a jovem teria desaparecido, e com o auxílio de cães continuaram as buscas. Os bombeiros procuraram ao longo de um curso d’água e, na área de varredura, encontraram peças de roupa íntima e uma pulseira.
O dia de buscas termina e não há sinal da jovem.
21 de abril
O CBMDF reiniciou as buscas, inclusive com mergulhadores. A Polícia Civil do DF (PCDF) chegou a divulgar as primeiras imagens de Sérgio Alves como suspeito pelo crime.
Nas imagens, captadas por uma câmera de segurança, é possível ver um homem de bermuda branca e camiseta preta. Ele carregava um objeto semelhante a um cobertor.
24 de abril
Após seis dias, o Corpo de Bombeiros interrompe as buscas pela estudante. Segundo a corporação, a procura retornaria “mediante acionamento da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), com o surgimento de novos indícios”.
25 de abril
A PCDF apresentou oficialmente a foto de Sérgio e confirmou que ele era o principal suspeito pelo desaparecimento de Regiane. Segundo a corporação, ele era foragido do sistema prisional e havia um mandado de prisão temporária em aberto contra ele.
A polícia divulgou um número para quem soubesse a localização de Sérgio.
26 de abril
Sérgio tentou roubar um carro para vendê-lo e fugir. Porém, só conseguiu roubar um celular.
Ao não conseguir fugir, o suspeito teria tentado tirar a própria vida por receio de retornar à prisão, da qual era considerado foragido desde 2 de abril, por não voltar de um Saidão.
Ele foi preso no distrito de São Gabriel, em Planaltina de Goiás, por volta das 15h30.
27 de abril
O corpo de Regiane foi encontrado pela polícia em uma área de mata em Planaltina e apresentava sinais de facadas. A mochila da jovem estava no local, às margens do Rio São Bartolomeu.
O corpo estava parcialmente enterrado. Em depoimento, Sérgio confessou o crime e disse que a estuprou antes de matar. Segundo o criminoso, a arma branca usada no crime foi jogada em um rio da região.
A princípio, Sérgio será indiciado por sequestro e homicídio qualificado. As penas somadas podem chegar até 85 anos de prisão.