ENTRETENIMENTO
Brasiliense conta o que viu em festa de sexo da cidade: “Explícito”
Muito se fala sobre festas liberais, nas quais o sexo não é um tabu e está liberado. Contudo, pouco se sabe sobre o que, realmente, rola em uma. Uma vez que o assunto ainda é considerado um grande tabu, existe preconceito e crenças distorcidas sobre as regras das baladas desse tipo.
Para desconstruir o receio que tinha sobre esse formato de festa o brasiliense Bernardo*, de 25 anos, decidiu dar uma chance para a cena liberal da cidade. A balada escolhida foi a famosa LUST, que leva boa música e um lugar seguro para as pessoas viverem suas sexualidades de forma livre e sem julgamentos.
“Já havia ido em uma festa liberal fora do país, mas era um bar exclusivo para homens gays, muito diferente do que vi aqui na LUST. A festa tinha uma diversidade grande: pessoas com deficiência, mulheres trans, drag queens… Foi uma experiência interessante”, revela.
O jovem ainda reitera que chegou a pensar que o ambiente liberal seria muito mais “caótico”, mas a realidade com a qual se deparou foi pautada em muito respeito e consentimento.
“Lá, há dois ambientes, o da festa mesmo e o dark room, mais voltado para sexo. O ‘não’ é muito respeitado, e as coisas só acontecem até onde você permite. Algumas pessoas vão participar, outras só assistir ou dançar”, lembra.
Sexo explícito
Sobre a parte do sexo, Bernardo afirma que acontece não só no dark room. No espaço da festa, há um palco localizado no meio da pista, no qual acontecem performances artísticas de sexo explícito, com muito fetichismo envolvido.
“É complicado falar sobre o que é ‘inusitado’, porque desejos e fetiches são únicos, pessoais e subjetivos. O sexo fetichista acontece, sim, mesmo fora do dark room. A edição que eu fui teve como tema o chocolate, por conta da Páscoa. As performances envolviam muito chocolate, pessoas vestidas de coelhinhas, tudo bem explícito”, conta.
Contudo, se algo pode ser chamado de “inusitado”, o brasiliense destaca o fato de diversas pessoas optarem por não usar camisinha durante os atos sexuais. “Achei estranho, porque a própria festa incentiva muito o uso e disponibiliza preservativos e lubrificantes, tudo liberado. Ainda que muita gente estivesse usando, a maioria que eu vi deixou a camisinha de lado”, diz.
Por fim, Bernardo afirma que gostou da experiência, e que recomenda para todas as pessoas que queiram vivenciar algo diferente para adicionar ao repertório sexual. “É uma ótima experiência para quem quer viver sua sexualidade sem muitos tabus ou amarras”, finaliza.