POLÍCIA
Viúva de mototaxista degolado contesta versão do assassino
A doméstica Ivanete Carvalho Brilhante, viúva do mototaxista José Gonsalves Cabral, degolado à faca na madrugada do último sábado (3) num ramal da zona rural de Brasiléia, município do interior do Acre, contestou, nesta terça-feira (6), a versão do acusado pelo crime.
Preso em Rio Branco, no bairro Benfica, região da Vila Acre, o acusado Jeferson Torres Pinheiro, de 25 anos, disse que cometeu o crime após um desentendimento com o mototaxista durante uma festa na noite de sexta-feira anterior ao crime, o que é contestado pela viúva.
“Meu marido não andava em festa. Era um homem que vivia apenas para o trabalho e para a família”, disse dona Ivanete Carvalho. “Além disso, ele era um homem de bem, que não brigava e não trocava ofensas com ninguém”, acrescentou.
A declaração da viúva reforça a suspeita de que, na verdade, Jeferson Torres Pinheiro, que trabalhava numa oficina em Brasiléia e não tinha antecedentes criminais, matou o mototaxista para roubar, o que caracteriza o crime de latrocínio, o assalto seguido de morte.
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O delegado de Polícia Civil em Brasiléia responsável pelas investigações do caso, Eric Maciel, revelou que o aparelho de telefone celular pertencente ao mototaxista foi levado por seu assassino, que chegou a formatá-lo e a usá-lo como se fosse seu, oque caracteriza o latrocínio. A Polícia, de acordo com o delegado, investiga para saber se outros bens, como dinheiro em espécie, também foi levado da vítima.
O delegado Erick Maciel está se deslocando de Brasiléia para vir a Rio Branco para ouvir o acusado, que já está recolhido no sistema prisional da Capital.