RIO BRANCO
Em menos de seis meses, Acre registra mais de 100 denúncias de violência contra idosos
Desde 2011 a Organização das Nações Unidas (ONU) estabelece o dia 15 junho como o Dia Mundial de Conscientização sobre a Violência contra a Pessoa Idosa. Trata-se da campanha “Junho Violeta”.
Os números mostram que nos primeiros cinco meses de 2023, o Disque 100 recebeu mais de 47 mil denúncias que apontam para cerca de 282 mil violações de direitos contra esse segmento social. Isso significa que, em comparação com o ano passado, houve um aumento de 57% nas denúncias e de 87% nos registros de violações de direitos estatisticamente.
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) estima que, em nível nacional, são mais de 33,1 milhão de idosos vítimas de violações. No Norte, o grupo que compreende os 60 anos ou mais é de cerca de 2 milhões de pessoas. O Acre, segundo o censo do IBGE de 2022, tem 46,9 mil idosos.
A violência contra idosos é definido pelo Ministério dos Direitos Humanos (MDH) com a classificação de cinco tipos de violações contra idosos. São eles:
-Negligência: Quando os responsáveis pela pessoa idosa deixam de oferecer cuidados básicos, como higiene, saúde, medicamentos, proteção contra frio ou calor;
-Abandono: É uma forma extrema de negligência que acontece quando há ausência ou omissão dos familiares ou responsáveis, governamentais ou institucionais, de prestarem socorro a um idoso que precisa de proteção;
-Violência física: Quando é usada a força para obrigar os idosos a fazerem o que não desejam, inclusive sexuais, ferindo, provocando dor, incapacidade ou até a morte;
-Psicológica: Esta é a mais sutil das violências. Inclui comportamentos que prejudicam a autoestima ou o bem-estar do idoso, entre eles, xingamentos, sustos, constrangimento, destruição de propriedade ou impedimento de que vejam amigos e familiares.
-Violência financeira ou material: Trata-se da exploração imprópria ou ilegal dos idosos ou o uso não consentido de seus recursos financeiros e patrimoniais.