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CIDADES

Ciclone no Sul: ministros pedem dados sobre desastre para liberação de recursos

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Os ministros da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes, e da Secretaria de Comunicação, Paulo Pimenta, embarcaram, na manhã deste sábado (17/6), para a região Sul a fim de acompanhar os estragos causados pelo ciclone extratropical que já deixou 11 mortos e ao menos 20 desaparecidos.

Em coletiva de imprensa, o ministro Paulo Pimenta afirmou que a presença das autoridades no estado nesta manhã foi um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na noite de sexta-feira (16/6). “Estamos aqui para trazer soliedariedade e demonstrar esse compromisso”, disse Pimenta.

Tanto Pimenta quanto Góes pediram aos prefeitos dos municípios afetados a rapidez na elaboração dos planos de trabalho – documento exigido pelo governo federal para liberar verba destinada à recuperação. Por ser um documento detalhado, alguns gestores demoram para fazer, o que atrasa o envio dos recursos.

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“Amanhã as equipes da Defesa Civil ajudarão os estados para elaborar os planos de trabalho. Esses planos são essenciais para que o recurso seja liberado pelo governo federal, quanto mais rápido eles sejam feitos, mais rápidos os recursos são liberados. Essa é a orientação do presidente Lula, uma resposta rápida”, disse Pimenta.

Confira o que precisa constar no plano de trabalho que cada município afetado deve enviar ao Ministério da Integração e Desenvolvimento Regional:

  • levantamento de danos materiais causados pelo desastre;
  • identificação das ações de reconstrução, acompanhadas das respectivas estimativas financeiras;
  • etapas ou fases de execução;
  • plano de aplicação dos recursos financeiros;
  • cronograma de desembolso; e
  • previsão de início e fim da execução das ações, bem como da conclusão das etapas ou fases programadas.

“Estamos aqui em nome do presidente Lula. A gente tem uma política de aproximação. Em quase todas as reuniões ele pergunta como estão as respostas do governo federal e incursões. Estamos aqui, mas todos os ministérios estão mobilizados. A empregabilidade da força das estruturas do governo não tem limite. Todos os estados que têm passado por isso no corrente ano, estamos fazendo essa aproximação. Este ano, tivemos mais de 1.700 municípios em estado de emergência”, lembrou Góes.

Para o ministro, as causas de tanto desastres se deve ao aumento de pessoas morando em áreas de risco e ao descontrole de fenômenos ambientais. Do Rio Grande do Sul, os ministros seguiram para Santa Catarina, estado que também sentiu os efeitos do ciclone extratropical.

“Aumentou demais o número de pessoas vivendo em área de risco, além das mudanças climáticas. Mais água no sul do país e mais seca no nordeste nos próximos períodos. A orientação do presidente Lula é trabalhar com 3 mãos [estado municíoio e União]”, completou o ministro.

Mortos e feridos

A chegada de um ciclone extratropical à Região Sul do país provocou tempestades e ventos fortes no Rio Grande do Sul durante a madrugada desta sexta-feira (16/6) deixando, até a manhã deste sábado (17/6), sete mortos e 19 desaparecidos, Rajadas chegaram a atingir 100 km/h. Diversas cidades do estado sofrem com inundações – que invadiram casas, hospitais e universidades –, deslizamentos de terra, falta de energia e estradas bloqueadas.

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Segundo a Defesa Civil, há 39 municípios atingidos, com registro de 2.330 desabrigados e 282 desalojados.

O órgão do estado também emitiu alerta vermelho para chuvas intensas e risco de enxurradas nas regiões da serra, no litoral norte e na área metropolitana de Porto Alegre. Os rios Caí, Paranhana e Sinos têm possibilidade de cheias. Pelo menos 11 voos foram cancelados no Aeroporto Salgado Filho, em Porto Alegre, devido ao vento forte.

Segundo a Rio Grande Energia (RGE) e a Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE), concessionárias responsáveis pelo fornecimento de energia no RS, pelo menos 460 mil clientes estão sem energia no estado. São 323 mil pontos na Região Metropolitana de Porto Alegre e 54 mil no litoral norte. Já na área de concessão da RGE, são 74 mil casas sem fornecimento de luz.

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