BRASIL
Brasil tem desemprego de 8,3% no trimestre até maio, diz IBGE
A taxa de desemprego no Brasil ficou em 8,3% nos três meses até maio, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta sexta-feira, 30. O número mostra recuou 0,3 ponto percentual (p.p.) em relação ao trimestre encerrado em fevereiro de 2023 (8,6%) e caiu 1,5 p.p. ante o mesmo período do ano anterior (9,8%).
Segundo o instituto, a população desocupada (8,9 milhões de pessoas) também diminuiu nas duas comparações: -3,0% (menos 279 mil pessoas) frente ao trimestre anterior e -15,9% (menos 1,7 milhão de pessoas) no ano.
O contingente de pessoas ocupadas (98,4 milhões) ficou estável ante o trimestre anterior e cresceu 0,9% (mais 884 mil pessoas) ante o mesmo trimestre do ano anterior.
Já o nível da ocupação (percentual de pessoas ocupadas na população em idade de trabalhar), estimado em 56,4%, ficou estável nas duas comparações.
Veja mais destaques da PNAD Contínua:
A taxa composta de subutilização (18,2%) recuou 0,7 p.p. em relação ao trimestre de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023 (18,8%) e caiu 3,7 p.p. ante o trimestre encerrado em maio de 2022 (21,8%). A população subutilizada (20,7 milhões de pessoas) caiu 4,2% frente ao trimestre anterior e recuou 18,5% na comparação anual.
A população subocupada por insuficiência de horas trabalhadas (5,1 milhões) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 23,4% no ano.
A população fora da força de trabalho (67,1 milhões de pessoas) cresceu 0,6% ante o trimestre anterior (mais 382 mil pessoas) e 3,6% (mais 2,3 milhões) na comparação anual.
A população desalentada (3,7 milhões de pessoas) caiu 6,2% frente ao trimestre anterior (menos 244 mil pessoas) e caiu 14,3% (menos 621 mil pessoas) na comparação anual.
O percentual de desalentados na força de trabalho ou desalentada (3,4%) caiu 0,2 p.p. frente ao trimestre anterior e diminuiu 0,5 p.p. no ano.
O número de empregados com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) foi de 36,8 milhões, ficando estável frente ao trimestre anterior e crescendo 3,5% (mais 1,83milhão de pessoas) na comparação anual.
O número de empregados sem carteira assinada no setor privado (12,9 milhões de pessoas) apresentou estabilidade no trimestre e no ano.
O número de trabalhadores por conta própria (25,2 milhões de pessoas) ficou estável frente ao trimestre anterior e caiu 1,7% no ano (menos 437 mil pessoas).
O número de trabalhadores domésticos (5,7 milhões de pessoas) ficou estável tanto no confronto com o trimestre anterior quanto com o trimestre encerrado em maio de 2022.
O número de empregadores (4,1 milhões de pessoas) ficou estável nas duas comparações.
O número de empregados no setor público (12,1 milhões de pessoas) cresceu 2,8% frente ao trimestre anterior, e 3,9% na comparação anual.
A taxa de informalidade foi de 38,9% da população ocupada (ou 38,3 milhões de trabalhadores informais) contra 38,9% no trimestre anterior e 40,1% no mesmo trimestre do ano anterior.
O rendimento real habitual (R$ 2.901) ficou estável frente ao trimestre anterior e cresceu 6,6% no ano. A massa de rendimento real habitual (R$ 280,9 bilhões) também ficou estável frente ao trimestre anterior, mas cresceu 7,9% na comparação anual.
No trimestre móvel de março a maio de 2023, a força de trabalho (pessoas ocupadas e desocupadas) foi estimada em 107,3 milhões de pessoas, permanecendo estável frente ao trimestre de dezembro de 2022 a fevereiro de 2023 e caindo 0,7% ante o mesmo trimestre do ano anterior.
Frente ao trimestre móvel anterior, segundo os grupamentos de atividades investigados pela pesquisa, houve aumento no grupamento de Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (2,5%, ou mais 429 mil pessoas). Houve redução no grupamento de Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-1,9%, ou menos 158 mil pessoas).
Em relação ao trimestre de março a maio de 2022 houve alta em: Transporte, armazenagem e correio (4,2%, ou mais 216 mil pessoas), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (3,8%, ou mais 440 mil pessoas) e Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,5%, ou mais 764 mil pessoas). Houve redução nos seguintes grupamentos: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (-6,2%, ou menos 542 mil pessoas) e Construção (-3,7%, ou menos 274 mil pessoas).
O rendimento médio real habitual (R$2.901) de todos os grupamentos ficou estável frente ao trimestre anterior. Na comparação anual, houve aumentos em: Agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (6,8%, ou mais R$ 120), Indústria (5,5%, ou mais R$ 143), Construção (8,6%, ou mais R$ 186), Comércio, reparação de veículos automotores e motocicletas (6,6%, ou mais R$ 149), Alojamento e alimentação (10,7%, ou mais R$ 190), Informação, Comunicação e Atividades Financeiras, Imobiliárias, Profissionais e Administrativas (6,3%, ou mais R$ 244), Administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais (4,8%, ou mais R$ 186) e Serviços domésticos (6,1%, ou mais R$ 65). Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.
Entre as posições na ocupação, frente ao trimestre anterior, houve redução para Empregados no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (-1,7%, ou menos R$ 76). As demais categorias não tiveram variação significativa. Na comparação anual, todas as posições apresentaram aumento: Empregado com carteira de trabalho assinada (3,8%, ou mais R$ 98), Empregado sem carteira de trabalho assinada (5,9%, ou mais R$ 108), Trabalhador doméstico (6,1%, ou mais R$ 65), Empregado no setor público (inclusive servidor estatutário e militar) (4,7%, ou mais R$ 194), Empregador (17,1%, ou mais R$ 1.056) e Conta própria (7,5%, ou mais R$ 163). (*Com informações da Agência IBGE)