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POLÍTICA

Bolsonaro ficará fora de eleição geral pela primeira vez em mais de três décadas

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Jair Bolsonaro tem disputa eleições nacionais sucessivas desde 1990 e, agora, não poderá concorrer — Foto: Tania Rego / Agência Brasil

Declarado inelegível pela maioria do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), o ex-presidente Jair Bolsonaro ficará fora de uma eleição geral no Brasil, em 2026, pela primeira vez em mais de três décadas. Desde 1990 ele concorre seguidamente a funções em Brasília.

Depois de ser eleito vereador em uma eleição municipal em 1988, Bolsonaro começou a disputar eleições gerais em 1990. Na época, foi eleito deputado federal pelo antigo PDC, com 67.041 votos.

Quatro anos depois, Bolsonaro iniciou uma série de reeleições ao cargo no parlamento. Em 1994, teve 111.927 votos pelo PPR. Em 1998, com o partido se chamando PPB, somou 102.893 votos. Em 2002, pela mesma legenda, somou 88.945 votos. Houve ainda mais três reeleições para deputado, agora com o partido já se chamando PP. Foram 99.700 votos em 2006, 120.646 em 2010 e 464.572 em 2014.

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O crescimento exponencial da votação naquela eleição, a mesma em que Dilma Rousseff (PT) foi eleita para presidente, fez com que Bolsonaro decidisse dar mais um passo. Naquele mesmo dia ele anunciou que concorreria à Presidência da República quatro anos depois. Cumprindo a promessa em 2018, ele obteve, pelo extinto PSL, 49.276.990 votos no primeiro turno, em 7 de outubro, e 57.797.847 no segundo, sendo eleito para o cargo máximo do Judiciário brasileiro.

Em 2022, Bolsonaro voltou a concorrer, agora em busca da reeleição, mas foi derrotado no segundo turno pelo atual presidente, Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Bolsonaro teve 58,2 milhões de votos, contra 60,3% milhões do petista.

Agora, inelegível por oito anos, ele não poderá concorrer em 2026, assim como não poderia concorrer, se quisesse, nas eleições municipais de 2024 e 2028. Sobre a eleição de 2030, há dúvidas jurídicas sobre a possibilidade de sua participação. Em tese, contada da última eleição (2 de outubro de 2022), venceria três dias antes do pleito. Contudo, há juristas que, por outro lado, entendem que a regra de 8 anos serve para compreender quatro ciclos eleitorais completos, o que também poderia tirar Bolsonaro dessa disputa que se dará em sete anos.

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