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MUNDO

Escuridão e meias grossas: como foram as últimas horas dos tripulantes do submersível

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Da esquerda para direita: Suleiman Dawood, Shahzada Dawood, Hamish Harding, Paul-Henry Nargeolet e o CEO da Ocean Gate, Stockton Rush; os 5 tripulantes morreram durante a expedição final do Titan, em 18 de junho Foto: Reprodução/Reuters/Montagem

Os passageiros a bordo do submersível Titan, que implodiu durante expedição ao Titanc, foram instruídos a usar meias grossas, a adotar uma dieta de baixo resíduo antes da viagem e informados de que a jornada até os 3.800 metros de pronfundidade do Atlântico Norte seria feito no escuro, para que o veículo economizasse energia.

As revelações foram feitas por Christine Dawood, esposa de Shahzada Dawood e mãe de Suleman Dawood, passageiros do submersível.

A fatídica viagem do dia 18 de junho culminaria na morte dos 5 tripulantes do Titan e em uma grande mobilização das Marinhas dos Estados Unidos e Canadá em busca dos destroços. Antes disso, os tripulantes receberam orientações diversas sobre como deveriam se alimentar e até o que vestir para a jornada.

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Segundo Christine, Shahazada e Suleman foram orientados seguir uma ‘dieta com baixo resíduo’ no dia anterior ao mergulho, pois não havia banheiro no submersível, apenas uma garrafa. O frio das profundezas do mar também exigia atenção. Meias grossas e chapéu estavam entre as orientações recebidas.

Os passageiros foram informados de que a descida até as profundezas do mar seria feita na total escuridão, para economizar energia do submersível. O único brilho viria das telas de computador e das criaturas bioluminescentes flutuando do lado de fora.

CEO da OceanGate, Stockton Rush, que também morreu durante a viagem, sugeriu aos tripulantes  que levassem algumas de suas músicas favoritas em seus telefones para compartilhar com outras pessoas e tocá-las em um alto-falante Bluetooth. O pedido, no entanto, tinha uma única exigência: nada de música country.

A esposa e mãe disse ainda que seu marido e filho estavam em êxtase com a viagem. Ela também afirmou que OceanGate repetidamente vendia a expedição como segura e como uma chance para os turistas serem “exploradores, aventureiros e cientistas cidadãos”.

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