GERAL
Dólar sobe para R$ 4,90 e Ibovespa cai forte após dados de inflação
O dólar operava em alta e o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, caía forte na manhã desta terça-feira (11/7), pouco depois da divulgação dos dados de inflação no Brasil.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do país, registrou uma deflação de 0,08% em junho deste ano, um resultado que veio em linha com as expectativas do mercado.
Por volta das 11h20, o dólar subia 0,38% e estava de volta ao patamar de R$ 4,90 (negociado a R$ 4,901).
Na véspera, a moeda americana avançou 0,31%, cotada a R$ 4,88. Com o resultado, acumula alta de 1,94% em julho e baixa de 7,5% em 2023.
Ibovespa cai
O Ibovespa, principal indicador do desempenho das ações negociadas na bolsa de valores brasileira, tombava forte nesta manhã.
Às 11h10, o índice recuava 1,36%, aos 116.342,99 pontos.
No dia anterior, o Ibovespa fechou com perdas de 0,8%, aos 117,9 mil pontos. Com o resultado, acumula queda de 0,12% no mês e alta de 7,48% no ano.
Entre as ações mais negociadas no pregão, a Petrobras recuava 1,25%, enquanto a Vale subia 1,55%. O índice é prejudicado pelo mau desempenho dos papéis ligados ao setor financeiro, com perdas lideradas pelo Itaú (-2,28%).
As companhias aéreas também têm desvalorização de suas ações, com destaque para Gol (-7,4%) e Azul (-5,2%).
Dados de inflação
Como disseram analistas e economistas ouvidos pela reportagem do Metrópoles, o resultado vem sendo interpretado como um sinal de que o Banco Central (BC) deve ser mais comedido no início do ciclo de redução da taxa básica de juros (Selic), atualmente em 13,75% ao ano.
Agora, grande parte dos analistas aposta em uma queda da Selic em 0,25 ponto percentual na próxima reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), no início de agosto – ao contrário da projeção anterior de 0,5 ponto percentual.
Os analistas também chamaram atenção para os núcleos de inflação, que excluem a variação de preços de alimentos e energia e seguem em patamares mais elevados.
No cenário externo, investidores seguem na expectativa pela divulgação dos dados de inflação dos Estados Unidos, a maior economia do mundo, programados para quarta-feira (12/7).