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POLÍCIA

Zelador denuncia ter levado mata-leão e mordida de morador em prédio

Publicado em

Zelador denuncia ter levado mata-leão e mordida de morador em prédio localizado em Praia Grande, SP Foto: Arquivo Pessoal

Um zelador de um prédio de alto padrão do bairro Ocian, em Praia Grande, no litoral de São Paulo, denuncia ter sofrido um mata-leão, socos e mordidas de um morador do edifício. Segundo Edilson Santana, o suspeito de tê-lo agredido é filho de um ex-vereador da cidade e teria se irritado após ele pedir, depois de receber reclamações de outros moradores, que o homem fizesse menos barulho no apartamento.

A defesa de Matheus Menezes, de 28 anos, filho do ex-vereador de Praia Grande Euvaldo Menezes, conhecido como Vitrolinha, afirma que houve “agressões recíprocas após o zelador ir até o apartamento e ofender Matheus”. Veja o posicionamento abaixo na íntegra.

Imagens registradas por câmeras de monitoramento do prédio registraram o momento em que o zelador está caído no chão e o morador em cima dele, aplicando o golpe mata-leão. Apenas depois de alguns segundos que a vítima conseguiu se desvencilhar, levantar e entrar no elevador para sair daquele andar.

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Ao Terra, o advogado Thyago Garcia, que representa o zelador, explicou que o caso ocorreu em dezembro de 2022, mas o trabalhador entrou com o processo em maio deste ano. “Uma discussão entre o filho do vereador e o zelador escalou rapidamente para uma agressão física. O filho do vereador usou a técnica do mata-leão para imobilizar o zelador, causando-lhe ferimentos significativos”, diz o advogado.

De acordo com Garcia, seu cliente foi agredido no dia 20 de dezembro. Conforme relata, na data, o morador chegou por volta de 6h no edíficio acompanhado de duas mulheres e um homem, e fazendo uso de bebida alcoólica. Neste dia, conforme relato do zelador, moradores reclamaram que o grupo derrubou bebidas no chão do elevador e, posteriormente, reclamaram também que estava tendo muito barulho e som alto no apartamento do homem.

Diante das reclamações, o zelador afirma que foi até o apartamento de Matheus pedir para cessar o barulho, porém, alega que o morador se revoltou ao ser advertido. Ao perceber que não tinha condições de diálogo,Edilson teria ido para o elevador mas, conforme alega, ainda no corredor, quando aguardava para descer até a zeladoria, foi pego de surpresa ao ser agredido com um soco no rosto.

Em seguida, conforme o trabalhador afirma no processo, ele caiu ao chão, momento em que foi agredido com mordidas, mais socos e levou o golpe mata-leão.

O zelador registrou boletim de ocorrência à época dos fatos e neste ano entrou com processo pedindo uma indenização moral no valor de R$ 50 mil, além de uma indenização estética no valor de R$ 50 mil devido as lesões provadas por mordidas.

Segundo o advogado Thyago Garcia, moradores do prédio faziam reclamações frequentes sobre atitudes do filho do ex-vereador. “O Edilson exerce há anos o cargo de zelador no edifício. Sempre foi um funcionário exemplar, sendo muito admirado e respeitado por todos. Em anos de dedicação ao condomínio, nunca teve contra si qualquer reclamação de morador ou fato desabonador contra a sua pessoa. Nunca tratou ninguém de forma distinta, sendo cordial e solícito com todos os condôminos”, destacou ele.

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O que diz a defesa do morador

Em nota, a defesa do morador que aparece nas imagens dando um mata-leão no zelador alega que ele agiu para se defender. Confira o posicionamento na íntegra:

“A defesa de Matheus Coutinho Menezes vem por meio desta nota esclarecer seu posicionamento sobre o processo que corre na 5ª Vara Cível de Praia Grande.

O acusado inicialmente esclarece que diferente do alegado pelo o autor, este não tem um histórico de violência, sendo certo que nunca anteriormente havia participado de brigas ou situações desse tipo.

Porém, infelizmente possui inimizade com o zelador do local em que morava, aduz que este já o desrespeitou, acusou e em outras ocasiões já trocaram xingamentos, tudo isso por divergências entre as partes sob variados assuntos.

No dia dos fatos de fato ocorreu uma briga entre as partes, mas a situação não ocorreu do jeito que é contado pelo Zelador, conforme o acusado relatou em sua defesa, houve agressões recíprocas após o zelador ir até o apartamento e lhe ofender novamente, os próprios documentos anexados no processo fazem prova de que Matheus também foi agredido, assim como, por meio de testemunhas a verdade será revelada e restará provado que Matheus é inocente dos fatos que lhe são atribuídos, tendo apenas se defendido, sendo certo ainda que as imagens anexadas mostram apenas o fim da briga entre as

partes, não atestando que iniciou o fatídico episódio.

Para Matheus, o valor elevado da indenização pleiteada revela qual o verdadeiro objetivo do autor, que não é buscar uma satisfação por supostas agressões que acredita ter sofrido de forma injusta e sim obter lucro fácil distorcendo os fatos.

Inclusive, para Matheus isso fica mais evidente ao passo que o autor tenta a todo custo vincular a imagem de seu pai ao ocorrido, por este ser do meio político na região, mesmo sabendo que seu pai não teve nenhuma participação direta no ocorrido.

Em arremate, o acusado se declara inocente das acusações que lhe são impostas, comunica que tem cumprido todos os atos processuais, sendo certo que provará sua inocência no decorrer do processo, pois acredita na justiça!”

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