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POLÍTICA

Fim de escolas cívico-militares pega de surpresa até líderes de Lula

Publicado em

Lideranças do governo Lula no Congresso Nacional dizem, nos bastidores, terem sido surpreendidas pela decisão do Ministério da Educação (MEC) de encerrar o programa das escolas cívico-militares.

Esses parlamentares afirmam que não foram consultados antes de o MEC enviar ofício às secretarias estaduais comunicando a decisão de desmobilizar o pessoal das Forças Armadas lotados nas unidades de ensino.

A medida gerou críticas não apenas da oposição a Lula no Congresso, mas também de governadores. Ao menos dezoito deles já avisaram que vão manter o programa em nível estadual, apesar da decisão do MEC.

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Apesar de defender a decisão, Lula informou às lideranças governistas que a medida ainda será discutida antes que o decreto que regula o fim das escolas seja publicado.

Segundo lideranças do governo, o presidente da República deve avaliar os impactos do fim das escolas com seu núcleo político, formado pela Secretaria de Relações Institucionais e Casa Civil.

O Congresso, por sua vez, pode derrubar o decreto de Lula. Líderes do governo lembram que hoje há até mesmo parlamentares de partidos da base favoráveis às escolas cívico-militares.

Escolas não serão fechadas

Em publicação na quinta-feira (13/7), o ministro da Educação, Camilo Santana, ressaltou que as escolas não serão fechadas e que haverá apenas uma descontinuidade da parceria entre militares e civis.

“A descontinuidade do modelo atenderá a uma política de transição, com acompanhamento e apoio do MEC junto a estados e municípios”, escreveu Santana nas redes sociais.

O programa

O programa das escolas cívico-militares foi criado em setembro de 2019 por meio de decreto assinado pelo então presidente Jair Bolsonaro e pelos ministros da Educação e da Defesa da época.

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O programa prevê a administração compartilhada das escolas entre civis e militares, todos eles da reserva. Hoje, segundo o MEC, há 216 unidades no Brasil em implantação com esse modelo.

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