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POLÍCIA

Doze dias antes de publicar vídeo em racha, PM foi designado para fiscalizar leis de trânsito

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Doze dias antes de publicar vídeo participando de um racha no Eixo Monumental, o policial militar Yago Fernando Santos de Sousa havia sido designado para fiscalizar as leis de trânsito. A Instrução Normativa nº 6, publicada em 14 de maio de 2021 no Diário Oficial do DF, apontava o efetivo da PM, entre eles o soldado Yago, para fazer com que motoristas do DF cumprisse a legislação e as normas de trânsito nas rodovias do Sistema Rodoviário do Distrito Federal (SRDF).

DODF/ReproduçãoParágrafo do DODF com instrução normativa que designa PMs para fiscalizar leis de trânsito
Instrução Normativa nº6

Cabia ao PM, inclusive, autuar e aplicar as medidas administrativas previstas em caso de infração ao Código de Trânsito Brasileiro. Apesar das responsabilidades, em 26 de maio daquele mesmo ano, o soldado de primeira classe publicou um vídeo de 7 minutos em que chega à velocidade de 145km/h durante uma corrida em via pública, na área central da capital federal, onde ficam as sedes dos Três Poderes. Assista:

Com o título “Será que comeu poeira?”, o vídeo mostra o momento em que o PM se aproxima de outro motociclista e o desafia para uma corrida de rua. O segundo motociclista se assusta com o fato de o policial estar uniformizado e comenta: “Tá de farda?”. Em seguida, Yago Fernando responde: “Dá nada, não”.

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Durante o racha, o policial instiga o “competidor”. “Vou te pegar”, afirma Yago Fernando. O soldado acrescenta, em outro momento: “Respeita a Pérola Negra” — apelido dado pelo PM à própria moto, uma Yamaha XJ6 preta. O veículo tem 600 cilindradas, pesa mais de 200kg e custa, em média, R$ 30 mil.

Na ativa pelo 2º Batalhão da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF), em Taguatinga, Yago Fernando Santos de Sousa foi aprovado, em junho, pelo Senado Federal para ocupar o cargo na polícia legislativa, que o salário inicial é de R$ 19 mil. Veja aqui a lista de aprovados.

Zelo pela “ética e bom comportamento”

Em nota, a PMDF informou que soube do fato e que “tomou providências para abertura de procedimento de apuração das responsabilidades do policial”.

“Ressaltamos que a PMDF zela pela ética e pelo bom comportamento dos profissionais [da corporação], que não coaduna com desvios de conduta por parte dos integrantes. Todos os fatos são apurados dentro do devido processo legal”, destacou a Polícia Militar.

Procurado pelo Metrópoles, o soldado Yago Fernando não respondeu aos questionamentos da reportagem até a mais recente atualização deste texto. O espaço segue aberto para eventuais manifestações.

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