Cada vez mais frequente na região, o estudo chegou à conclusão de que, as taxas de mortalidade de árvores acreanas, está atrelada à seca maior do que a observada em regiões menos férteis da Amazônia central.
“Para avaliar essa capacidade de resistir à seca, os pesquisadores coletaram amostras na copa das árvores, em galhos diretamente expostos ao sol, e analisaram métricas relacionadas ao sistema hidráulico das plantas. A coleta precisava ocorrer sempre de madrugada, pois ao longo do dia as medições não são válidas, uma vez que as árvores estão no processo de fotossíntese”, explica trecho da reportagem do InfoAmazônia.
Problema pode ser maior com as queimadas
O estudo não levou em consideração a taxa de mortalidade causada pelos incêndios florestais, que obviamente ficam mais suscetíveis durante o período de seca, o que pode agravar ainda mais a situação.
“O estudo avalia apenas a falta de água no solo, que é causada pela seca, e não pelas queimadas. Mas, é claro, o fogo vai pegar com mais facilidade quando a floresta está mais seca. A importância do nosso estudo é que ele foi o primeiro a avaliar a vulnerabilidade da Amazônia em escala regional, ou seja, da Amazônia inteira”, explica ao InfoAmazônia, Júlia Tavares, líder do projeto.
Derrubadas recordes no Acre
Além de problemas citados anteriormente como secas extremas e incêndios, o Acre segue em alta também em outra estática mortal para as árvores: o desmatamento.
Só nos primeiros 6 meses, de acordo com Centro Integrado de Geoprocessamento Ambiental (Cigma), pouco mais de 1,2 milhões de árvores já foram derrubadas no Acre.
“Nesse período, na Amazônia brasileira, foram perdidas mais de 759 mil árvores por dia, uma média de 530 a cada minuto e, a cada segundo, de 8”, diz um trecho da reportagem do Infoamazonia.